Caso Pedro Ventura

Acusada de assassinar marido é transferida para Balsas

Cícera Célia Teotônio confessou ter matado o ex-marido Pedro Ventura.

Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h23
Célia confessou o crime.
Célia confessou o crime. (Foto: Reprodução/ TV Mirante)

IMPERATRIZ – Cícera Célia Teotônio, que é acusada de matar o ex-marido, o empresário Pedro Ventura, foi transferida para a Unidade Prisional de Balsas, onde deve permanecer até o julgamento, em Imperatriz, que está marcado para os dias 14 e 15 de setembro. A transferência foi realizada após denúncias de que ela estaria tendo regalias, no presídio em Davinópolis, onde estava presa desde a época do crime.

A mulher confessou ter matado o ex-marido, que foi assassinado a tiros dentro de casa, em agosto de 2015. O caso teve uma grande repercussão, pois o corpo de Pedro ficou quase cinco meses desaparecido. Célia só confessou a autoria do assassinato, após as investigações apontarem para ela.

O pai de Pedro Ventura, Jorge Ventura, que também é advogado no caso, foi quem fez as denúncias ao Ministério Público, sobre as supostas regalias que Célia Teotônio estaria recebendo no presídio, como o não uso do uniforme. Um boletim de ocorrência foi registrado por uma ex-servidora relatando situações em que ela estaria sendo beneficiada.

A Vara de Execuções Penais faz várias visitas mensalmente nos presídios, mas diante de denúncias como esta, devem ser feitas novas vistorias na Unidade Prisional de Davinópolis, onde a detenta estava presa.

De acordo com o promotor de Justiça, Domingos Eduardo, existem regalias previstas na legislação, mas dependem, principalmente, do bom comportamento do preso e tudo precisa estar documentado. No caso de Célia, o promotor ressalta que será investigado com rigor. “Que tipos de regalias estas que estavam sendo concedidas, se há algumas coisas por trás, outras medidas serão tomadas em relação a presa ou a direção. Não podemos afirmar nada neste momento”, reitera o promotor.

Na época do crime, dois irmãos de Célia, Daniel e Laércio Teotônio, foram apontados como suspeitos de participação e ocultação do corpo de Pedro Ventura, que só foi encontrado quase cinco meses depois do assassinato. Mas só Daniel e a esposa, foram vistos chegando na casa no dia do crime, foram pronunciados a júri e vão ser julgados, também em setembro.

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