IMPERATRIZ – A ex-mulher do microempresário Pedro Ventura, Célia Ribeiro Teotônio, e os irmãos dela Laércio e Daniel Ribeiro Teotônio foram transferidos, nesta terça-feira (12), para o complexo da Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís. Os três são apontados pela Polícia Civil como acusados no assassinato de Pedro Ventura.
O delegado regional de Imperatriz, Eduardo Galvão, explicou que a transferência do trio da Unidade de Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI) foi autorizada pela Justiça.
A polícia solicitou a transferência após descobrir que, mesmo presa, Célia articulou a fuga de seus irmãos no Estado de Goiás.
“A Célia, mesmo no cárcere, conseguiu coordenar toda essa fuga deles (irmãos) por algum tempo (...) em Goiás, na casa de amigos e familiares. Conseguimos demonstrar isso ao juiz de Direito que, ao verificar a situação, entendeu que era o momento de serem transferidos”, justificou o delegado, acrescentando que durante todo o tempo ficaram foragidos, os irmãos estavam sendo monitorados.
O delegado disse que as investigações realizadas até agora não deixam dúvidas sobre a participação de Célia, Daniel, Laércio e Samara no assassinato do microempresário.
Eduardo Galvão disse, ainda, que a primeira linha de investigação aponta que os dois irmãos, Daniel e Laércio, estão envolvidos na ocultação, mas há uma resistência muito grande do trio em falar sobre o crime. Para ele, essa situação mostra que os irmãos podem ter participado não só da ocultação de cadáver, mas do assassinato e não confessam porque Célia não permite.
“A grande mentora do crime é Célia Teotônio. Pelo que tudo demonstra, todos os indícios apontam, que ela não tinha como praticar aquele crime só. Teria como ter praticado o homicídio, mas precisaria de pessoas para a ocultação daquele cadáver e os dois irmãos estariam na ocultação, numa eventualidade na fraude processual que é inovar o fato”, raciocinou o delegado, acrescentando que nessa linha o crime não teria a participação de Samara.
Galvão adiantou que diante desse cenário de negativa, há uma segunda linha de investigação.
“(...) Então a gente verifica que há um receio muito grande de entregar a irmã, se há corpo, como se diz, se a participação fosse apenas ocultação, mas a gente começa a criar corpo, a ideia da participação direta no homicídio”, complementou Galvão.
Para o delegado, a transferência do trio pode criar um fato novo nas investigações, que seria algum dos irmãos resolverem relatar detalhes do crime, já que todos ficaram em unidades distintas, longe do poder de persuasão de Célia.
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