Música

Obra de arte do cancioneiro brasileiro em álbum

Almir Sater e Renato Teixeira unem suas vozes para a composição do primeiro disco em parceria; o álbum com dez faixas tem influência da “country music”

Evandro Júnior/De O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
Almir Sater e Renato Teixeira divulgam novo trabalho
Almir Sater e Renato Teixeira divulgam novo trabalho (Almir Sater e Renato Teixeira)

Depois de muitos anos de amizade e parceria dentro e fora dos palcos, Almir Sater e Renato Teixeira comemoram com satisfação o sucesso do primeiro álbum fruto do talento de ambos. O disco chama-se “AR” (iniciais dos nomes dos artistas) e foi gravado entre o Brasil e Nashville, nos Estados Unidos, com produção do norte-americano Eric Silver, um amigo da dupla. São 10 músicas inéditas e o resultado é uma preciosidade musical e uma composição perfeita.

Embora parceiros em sucessos do cancioneiro ruralista brasileiro, como “Tocando em frente” (1990), o mato-grossense Almir Sater e o paulista Renato Teixeira nunca haviam feito disco em dupla. A proposta contemporânea explora um pouco a “country music” americana e mantém o ritmo das canções carregadas de amor pela cultura pantaneira e pelo folclore brasileiro, exaltando o amor e a constante busca pelo aprimoramento do homem como ser humano. Exalta a cultura brasileira, como personagens do folclore e a tradicional “Festa de Reis”, elementos que retratam a marca registrada dos dois artistas.

Em entrevista exclusiva para O Estado, Renato Teixeira afirmou que o projeto foi pensado mais como uma realização profissional do que por uma questão comercial. Na verdade, isto faz sentido, uma vez que ambos são personagens de importância indiscutível para a história da música brasileira e gozam de enorme prestígio, sem precisar da cobiçada exposição midiática.

Segundo Teixeira, 70% do mercado da música brasileira é dominado pela produção com inspiração nas coisas do interior. “Esse álbum, em minha opinião, ficou muito interessante, e não retrata o meu jeito ou o dele, mas um somatório de valores, o que originou algo diferente, mas dentro dos padrões inerentes às nossas carreiras”, disse.

O cantor e compositor considera que o mercado da música sertaneja é bastante forte e dinâmico e há espaço para todos. “O que observamos é um mercado diversificado, com espaço para todos, para novas propostas musicais, entre outras coisas. São muitos cantores da nova geração e de muito boa qualidade”, disse Teixeira, com a tranqüilidade de um artista apegado às suas raízes e que conquistou espaço por meio de sua genialidade.

A primeira canção do álbum é “D de Destino” e revela a influência da música americana misturando a tradicional viola com as cordas de aço e o banjo, instrumento típico das composições caipiras norte-americanas. Almir e Renato buscaram essa inspiração junto a Eric Silver, um dos grandes nomes da Folk Music e que já mora no Brasil há mais de 20 anos, conforme Renato Teixeira.

Além disso, a cidade de Nashville no Tennesse criou o clima propício para esse encontro. Alguns destaques são as canções “Flor que a Gente Assopra”, “Bicho Feio” e “Peixe Frito”. A primeira, aliás, é uma bela e poética canção romântica com um arranjo simples e de muito bom gosto.

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