Relembre os fatos

Lockdown, rodízio de veículos e atos de violência: como foi o mês de maio

Veja os fatos marcantes do quinto mês do ano de 2020.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h05
O bloqueio total das atividades comerciais na Grande Ilha teve início no dia 5 de maio. (Foto: Reprodução)

SÃO LUÍS – O mês de maio de 2020 no Maranhão foi marcado pelo lockdown na Região Metropolitana de São Luís, rodízio de veículos, além de atos de violência, pois, mesmo em tempos de pandemia, a criminalidade não entrou em quarentena.

O bloqueio total das atividades comerciais na Grande Ilha teve início no dia 5 de maio. A determinação paralisou os serviços não essenciais e restringiu a circulação de pessoas e veículos em São Luís e na Região Metropolitana (São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa).

E enquanto o governo decretou o lockdown e pediu que a população se isolasse em casa por conta do novo coronavírus, uma multidão se aglomerou durante a inauguração da rede Assaí Atacadista no bairro São Cristóvão, em São Luís.

Em nota, a rede atacadista informou que para evitar aglomerações e garantir a segurança dos clientes, não fez comunicação em nenhuma mídia e que adotou um rigoroso controle de acesso à unidade.

O lockdown na Grande São Luís terminou no dia 17 de maio, com a reabertura do comércio e outros serviços, com exceção de academias, shopping centers, cinemas, teatros, bares, casas noturnas, salões de beleza e atendimento em restaurantes e lanchonetes, que continuaram fechados.

Além do lockdown, o governador do Maranhão, Flávio Dino, também anunciou que haveria rodízio de veículos particulares por quatro dias em São Luís e região metropolitana, para conter a propagação da Covid-19. O rodízio ocorreu do dia 11 a 14 de maio.

E em meio às regras de isolamento e de sepultamentos por causa da Covid, um agente funerário foi preso por transportar o corpo de uma pessoa, vítima do novo coronavírus (Covid-19) para sepultamento na cidade de Bacabal. O homem era representante de uma funerária de São Luís. A funerária, segundo a Polícia Civil, descumpriu normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Secretaria de Estado da Saúde (SES) do Maranhão, que disciplinam o manejo de cadáveres cujo óbito foi decorrente de confirmação do novo coronavírus.

A criminalidade não deu trégua durante a pandemia. A Polícia Militar prendeu três homens que estavam na Caixa Econômica Federal da Praça João Lisboa, no Centro de São Luís. Segundo a polícia, os suspeitos, naturais de Cedral, no Maranhão, alegam que estavam realizando saques do auxílio emergencial para outras pessoas do município.

Os três homens estavam em posse de mais de 230 cartões de beneficiários da Caixa, R$ 24 mil em espécie, uma lista com senhas de cartões, um celular, extrato de saques, vários documentos e outros pertences pessoais e uma chave de veículo.

Falando em crimes, no dia 25 de maio, um ônibus de transporte coletivo, que fazia a primeira viagem do dia, antes das seis da manhã, foi alvo de três bandidos, quando passava pela Avenida Kennedy, no bairro de Fátima, em São Luís.

Ao estacionar em um ponto de embarque, o ônibus recebeu alguns passageiros, entre eles três bandidos, que subiram no ônibus sem máscara. A cobradora e o motorista registraram ocorrência na delegacia e contaram que os bandidos impediram o ônibus de sair do local, onde passaram cerca de 20 minutos, tempo suficiente para furtar cada um dos 35 passageiros do coletivo.

E um crime brutal que chamou a atenção da população no mês de maio foi a morte de uma idosa, que foi estrangulada pelo vizinho. O feminicídio foi registrado no bairro Recanto dos Signos, região da Cidade Operária, em São Luís. Uma idosa de 66 anos foi morta por estrangulamento. De acordo com a Polícia Civil, o principal suspeito do crime é o próprio vizinho da vítima. Ainda segundo a polícia, o autor do crime era praticante de uma seita, e teria matado a idosa, identificada como Joana Maria Diniz, após um surto.

Já no dia 24 de maio, o governo do Estado iniciou a reabertura gradual do comércio no Maranhão. O processo foi dividido por etapas e setores, que tinham que obedecer a protocolos sanitários e de segurança.

No primeiro dia de reabertura gradual do comércio não-essencial na Grande São Luís muita gente lotou alguns pontos da capital maranhense, ignorando as medidas de distanciamento social e, até mesmo, o uso de máscara.

E um ato, em plena pandemia, chamou a atenção no Maranhão. Um grupo de, aproximadamente, 300 pessoas realizou uma passeata contra a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nas cidades de Santa Helena e Turilândia, a 115km de São Luís. Os líderes do protesto convocaram as pessoas a retirarem e queimarem máscaras. "Jesus não quer ver ninguém mascarado, Deus não se agrada de medrosos", afirmou um dos manifestantes.

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Na Mira

No mundo das celebridades, um dos acontecimentos mais marcantes do mês foi a separação polêmica de Mayra Cardi e Arthur Aguiar, que anunciaram o fim do casamento. Eles se casaram em 2017 e são pais de Sophia, nascida em 2018.

A Covid-19 continuou fazendo vítimas e levou o compositor e escritor brasileiro Aldir Blanc, de 73 anos. Ele ficou mais de duas semanas na UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe). Ele havia sido hospitalizado em 10 de abril, com um quadro de pneumonia, pressão alta e infecção urinária.

Quem também nos deixou em maio foi o ator Flávio Migliaccio, de 85 anos. O corpo do artista foi encontrado no sítio que mantinha desde a década de 1970 na Serra do Sambê, em Rio Bonito (RJ). Depois descobriu-se que o ator havia se suicidado.

Anitta foi uma das artistas que polemizou no mês de maio. Ela assumiu o namoro com o influenciador Gui Araújo. Mas não foi o namoro que fez Anitta causar nas redes sociais e sim o vazamento de áudios da cantora criticando artistas.

Segundo a repercussão do caso, o áudio vazado teria sido enviado para um colunista do Jornal O Dia, na época. No conteúdo, Anitta comentou sobre vários famosos e revelou que Preta Gil mantinha um grupo de WhatsApp com Gominho e Pabllo Vittar para falar mal de outros famosos. Outra história que chamou a atenção dos fãs envolvia a própria Anitta, Claudia Leitte e Ivete.

De acordo com o conteúdo do áudio, a funkeira teria sido convidada para uma participação especial no DVD de Claudinha, em 2014. Orientada por Preta a não aceitar, a cantora recusou o convite por achar que Ivete nunca chamá-la para nenhum projeto. “Mas a Preta tem essa mania de inventar as coisas”, afirma Anitta ao comentar o áudio.

E após trégua, Anitta teve novos áudios vazados por Leo Dias. O jornalista compartilhou áudios de Anitta envolvendo outros famosos como Preta Gil e Marina Ruy Barbosa. Após quatro dias "em silêncio", Leo Dias compartilhou mais um áudio, envolvendo agora o produtor e empresário Pedro Tourinho, com quem Anitta compartilhou fotos durante a semana se declarando ao produtor por ser aniversário dele.

E uma notícia que pegou muita gente de surpresa foi o fato da Globo demitir Zeca Camargo após 24 anos de contrato. Segundo informações divulgadas pelo colunista João Batista Jr., da revista Veja, a saída de Zeca Camargo faz parte de uma medida de cortes de gastos da emissora, que inclui o projeto de administrar um elenco cada vez menor. Zeca era um dos apresentadores do É de Casa, exibido nas manhãs de sábados, E fez passagens importantes por programa como Fantástico, Vídeo Show e No Limite.

Esporte

No esporte, a Novo Basquete Brasil (NBB) decidiu encerrar a competição. O motivo foram os riscos de contaminação dos profissionais envolvidos na competição pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Enquanto isso, o campeonato de futebol da Coreia do Sul foi o primeiro a voltar no mundo. A Coreia do Sul foi um dos países que melhor gerenciou a crise da covid-19: foram 10.822 casos confirmados da doença e 256 mortes no país desde o início da pandemia, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A pandemia do novo coronavírus criou ainda mais dificuldades financeiras aos clubes de futebol do Brasil. Segundo a Sports Value, baseada em seu banco de dados com resultados financeiros de clubes brasileiros, a receita em 2020 deverá ter uma perda de cerca de 17%, algo em torno de R$ 1,1 bilhão. Por isso, diante desse quadro, 15 clubes da Série A do Brasileirão se valeram da Medida Provisória 936 para reduzir salários por até 90 dias, com percentuais entre 15% e 70%.

E aos 63 anos, Oswaldo Fumeiro Alvarez, mais conhecido como Vadão, morreu em São Paulo (SP). A causa da morte foi um câncer no fígado, que evoluiu para outros órgãos. Vadão treinou a seleção brasileira feminina de futebol por duas vezes: a primeira de 2014 a 2016, quando as brasileiras disputaram a Olimpíada Rio 2016 - terminando na quarta posição geral -, e a segunda delas no ano passado, para a disputa da Copa do Mundo. A equipe foi desclassificada nas oitavas de final, ao perder para as anfitriãs francesas.

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