SÃO LUÍS - O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) recorreu da decisão que concedeu liberdade provisória a Eduardo da Silva Noronha, de 25 anos, investigado por sequestrar, manter em cárcere privado e de estupro de vulnerável contra uma adolescente de 12 anos. O suspeito trouxe a vítima da zona oeste do Rio de Janeiro ao bairro Divineia, em São Luís.
A decisão sobre a soltura de Eduardo é da juíza Maria da Conceição Privado Rego, proferida na última quinta-feira (16). Eduardo está sendo monitorado por meio de tornozeleira eletrônica, não pode sair de casa, nem ter contato com a garota ou parentes dela.
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"O Ministério Público do Maranhão informa que processo corre em segredo de justiça e, por isso, não pode fornecer a ata da audiência. Na audiência de custódia o Ministério Público pediu a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva como garantia da ordem pública e já recorreu da decisão por meio de um Recurso em Sentido Estrito", informou ao g1 na sexta-feira (17).
Prisão
Eduardo Noronha, de 25 anos, trabalhava em um açougue, e havia sido preso na noite de terça-feira (12), depois que a vítima conseguiu pedir socorro, ao utilizar o wi-fi de uma loja. Segundo informações policiais, o jovem levou a menina para comprar roupas em uma loja, momento em que ela conseguiu acessar uma conta no Instagram e pedir por ajuda para sua irmã.
Foram três dias de buscas na capital maranhense até a localização da jovem e a prisão de Eduardo. Peritos não encontraram sinais de conjunção carnal. A defesa de Eduardo ainda deve ser intimada.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA) em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Na companhia do pai e de um agente da polícia, a adolescente embarcou em um avião na companhia do pai de volta ao Rio de Janeiro na tarde dessa quinta.
A Polícia Civil procura o motorista que teria trazido os dois da zona oeste do Rio de Janeiro ao bairro Divineia, em São Luís.
Eduardo revelou em entrevista exclusiva ao g1 MA, na sexta-feira, que fez a viagem entre os dois Estados sem usar um aplicativo de corrida, e sim contratando o motorista de aplicativo “por fora”.
De acordo com o suspeito, o motorista que conduziu o veículo do Rio de Janeiro até o Maranhão foi encontrado por meio de buscas na internet e já era acostumado a realizar viagens interestaduais. O acordo para a viagem foi feito assim que Eduardo chegou até o Rio de Janeiro.
Durante a conversa com o motorista, Eduardo solicitou um orçamento para a corrida de carro do Rio à São Luís. De acordo com o suspeito, o motorista cobrou R$ 4 mil pela viagem. Já no percurso, o motorista utilizou o GPS como guia e, em momento algum, questionou sobre a relação entre o suspeito e a menina.
A adolescente voltou para casa, no Rio de Janeiro, em um voo na quinta-feira (16).
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