SÃO LUÍS - A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA) divulgou, nesta quarta-feira (22), as imagens de um homem, identificado como Darlon Oliveira dos Santos, de 23 anos, sendo agredido até a morte por funcionários do supermercado Mateus, no bairro Cohab, em São Luís, em caso ocorrido em junho de 2019. De acordo com a Comissão da OAB-MA, o inquérito está parado há três anos e ninguém foi indiciado pelo homicídio.
Nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança, com duração de 10 minutos, Darlon dos Santos aparece na companhia de um segurança do supermercado e outro homem. Após levar vários tapas e socos, a vítima é imobilizada e arrastada por outros funcionários do estabelecimento.
Após Darlon dos Santos perder os movimentos, algumas pessoas checaram se a vítima ainda tinha pulso e acionaram a Polícia Militar do Maranhão (PM-MA): em depoimento, um policial afirmou que encontrou a vítima no chão do supermercado, sem vida e com os pés amarrados. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionada meia hora depois, mas Darlon já estava morto. Os funcionários do supermercado, por sua vez, negaram aos policiais que a vítima tivesse sofrido agressão.
A família informou que Darlon dos Santos, que era casado e tinha três filhos, tomava medicamentos controlados e teve um surto dentro do supermercado após esquecer de tomar os remédios. A OAB-MA vai ouvir a família da vítima nesta quinta-feira (23) e quer saber porque as investigações do caso estão paradas.
"A Comissão de Direitos Humanos da OAB Maranhão, no cumprimento das suas prerrogativas, oficiou nesta quarta-feira dois órgãos. Primeiramente, a Secretaria de Segurança Pública, do Governo do Estado, no sentido de entender o motivo da demora de tantos anos na conclusão do inquérito policial que investiga o caso do Darlon. Assim como oficiou o Ministério Público do Maranhão para ter informações sobre a fiscalização, através da promotoria de controle externo e atividades policiais", afirmou Erik Moraes, da OAB-MA.
O Supermercado Mateus informou, em nota, que o inquérito sobre a morte de Darlon dos Santos ainda não foi concluído e que, ao contrário do que está sendo noticiado, de acordo com documento emitido pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), Darlon não é classificado como negro. O laudo emitido pelo Instituto Médico Legal (IML), por sua vez, concluiu que não houve tortura e não atestou asfixia decorrente de ação humana.
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