Caso Uber

Polícia Civil afirma que o alvo dos tiros pode ter sido os passageiros de Uber

Um dos passageiros foi depor, nesta quinta (10), e acabou sendo preso por ter um mandado de prisão em aberto por roubo.

Liliane Cutrim/Imirante.com*

Atualizada em 27/03/2022 às 11h14
Edmilson Pimenta Azevedo, que era motorista da Uber, foi vítima de homicídio no último dia 6, no bairro da Liberdade, em São Luís. / Foto: Divulgação.
Edmilson Pimenta Azevedo, que era motorista da Uber, foi vítima de homicídio no último dia 6, no bairro da Liberdade, em São Luís. / Foto: Divulgação.

SÃO LUÍS – Na tarde desta quinta-feira (10), o delegado Clarismar de Oliveira Campos Filho, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), fez uma entrevista coletiva, divulgando os primeiros resultados da investigação do assassinato de Edmilson Pimenta Azevedo, motorista da Uber que foi vítima de homicídio no último dia 6, no bairro da Liberdade, em São Luís.

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Segundo o delegado Clarismar de Oliveira, a Polícia Civil está trabalhando com duas linhas de investigação em relação à morte de Edmilson Pimenta, uma de que teria havido uma briga de trânsito e outra de que o motoqueiro, apontado como autor dos disparos, queria matar um dos passageiros do veículo e acabou atingindo o motorista da Uber.

Edmilson Pimenta Azevedo, que era motorista da Uber, foi vítima de homicídio no último dia 6, no bairro da Liberdade, em São Luís. / Foto: Divulgação.
Edmilson Pimenta Azevedo, que era motorista da Uber, foi vítima de homicídio no último dia 6, no bairro da Liberdade, em São Luís. / Foto: Divulgação.

Sobre a primeira vertente, a polícia aponta que há duas histórias sendo investigadas, uma de que o motorista da Uber tenha discutido com o motoqueiro, como os quatro passageiros ouvidos alegam. E a outra suposição é de que os passageiros tenham iniciado a discussão com o motoqueiro, causando a morte de Edmilson Pimenta.

“Nós temos imagens que mostram que, em determinado momento do percurso, o motoqueiro e o carro trafegam lado a lado, o que, junto com esses depoimentos, sugerem que essa discussão pode ter acontecido”, explica o delegado.

Em relação à segunda linha de investigação, a polícia aponta que há suspeitas de que o motoqueiro tenha, em determinado percurso do Uber, reconhecido algum dos quatro passageiros do carro como desafeto e tenha tentado atirar contra esse passageiro, mas acabou atingindo motorista do aplicativo.

“Nós temos essa segunda linha de investigação, pelo histórico de dois dos ocupantes já terem passagem por roubo. Há possibilidade de esse autor dos disparos, o motociclista, ter identificado, em um sinal de trânsito ou no momento em que emparelharam os veículos, um desses dois passageiros como desafeto. Nessa linha de investigação, o motorista não era o alvo. E em relação à discussão de trânsito, acredito que também ele (o motorista) não fosse o alvo, o alvo seria os ocupantes. Mas, infelizmente acabou acontecendo essa tragédia”, declara o delegado.

A Polícia Civil já ouviu todos os passageiros do veículo, sendo que, o último a se apresentar foi Sonianderson Silva de Oliveira, o qual compareceu na sede da SHPP, na manhã desta quinta (10), e acabou sendo preso, pois contra ele havia um mandado de prisão, por sentença condenatória por roubo, de 6 anos e 4 meses de reclusão.

O delegado Clarismar de Oliveira ressalta que os quatro passageiros ainda estão sendo considerados como testemunhas e um teria sido vítima de tentativa de homicídio, pois foi ferido de raspão por um dos tiros disparados pelo motoqueiro, que ainda não foi identificado.

Ouça, na reportagem de Alessandra Rodrigues da Mirante AM, saiba mais detalhes sobre as declarações do delegado Clarismar de Oliveira.

*Com informações da rádio Mirante AM.

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