Tratamento humanitário

Operação Resgate atende moradores de rua no Centro

Ação foi a segunda realizada este ano pela Polícia Civil, em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas; dependentes químicos e pessoas em situação de rua que perambulam na área receberam atendimento

Robert W. Valporto / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

Dependentes químicos e outras pessoas em situação de rua foram alvo da segunda edição da Operação Resgate deste ano, realizada pela 1º Distrito Policial (DP), em parceria com o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (CAPS-AD), realizada na área do Mercado Central, no centro de São Luís, na manhã de ontem, 20.

As ações deste ano, além de contar com participação de médicos, assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros, oferecem exames laboratoriais. Na primeira edição de 2018, a Operação Resgate atendeu mais de 200 pessoas, das quais 10 aceitaram manter o tratamento no CAPS-AD.

Segundo o coordenador do projeto, delegado Joviano Furtado, titular do 1º DP, a escolha da região do Mercado Central ocorreu pela grande concentração de dependentes químicos em situação de rua que perambulam na área.

“Muitos dos usuários de drogas e dependentes químicos em situação passam o seu dia a dia neste espaço. Aqui eles trabalham, muitas vezes como carregadores, outras vezes como flanelinhas, e gastam seu dinheiro com a droga. A ideia é trazermos o atendimento especializado até eles, dando a oportunidade de passarem por um tratamento”, declarou.

Marcelo Costa, diretor do CAPS-AD do Maranhão, destacou a importância do apoio familiar a essas pessoas, que estão lutando contra as drogas. “Muitas vezes essas pessoas estão passando por esses problemas e não recebem o apoio da família, fazendo que encontrem nas ruas a saída para seus problemas, o que acaba o agravando”, relatou.

Durante o tempo em que O Estado acompanhou a ação, dois dependentes químicos em situação de rua aceitaram por livre e espontânea vontade o atendimento. Uma mulher, identificada como Nádia Bruna Campos, de 37 anos, e um carregador identificado como João Carlos Pinheiro, de 46 anos.

“Eu acho isso muito importante. Estamos nas ruas e parece que ninguém se importa com a gente. Quando esse pessoal se junta a alguns irmãos e trazem esse atendimento para a gente ter oportunidade de se tratar, ficamos muito felizes”, frisou João Carlos Pinheiro.

Cracolândia
Por meio desse trabalho, uma das maiores cracolândias da capital, localizada na feira do João Paulo, teve número expressivo de dependentes atendidos. Das 11 ações da operação realizada no ano passado, três delas foram nessa localidade.

A última ocorreu no dia 28 de novembro, quando 15 usuários de drogas foram abordados e quatro deles aceitaram espontaneamente o tratamento médico e psicológico.

No decorrer do tratamento, segundo o delegado, os usuários têm acesso à capacitação profissional. “Os resgatados têm acesso a vários cursos profissionalizantes e isso vai facilitar a inserção deles no mercado de trabalho posterior”, explicou Joviano Furtado.

NÚMERO
100
dependentes químicos aceitaram tratamento espontaneamente durante todo o ano passado

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