Manipulação de resultados

Quinteto ex-Sampaio Corrêa será julgado pelo STJD na próxima terça-feira (6)

Paulo Sérgio, Allan Godói, Mateusinho, André Luiz e Ygor Catatau podem ser banidos do futebol profissional.

Gustavo Arruda / Imirante Esporte

Paulo Sérgio, Allan Godói, Mateusinho, André Luiz e Ygor Catatau serão julgados pelo STJD.
Paulo Sérgio, Allan Godói, Mateusinho, André Luiz e Ygor Catatau serão julgados pelo STJD. (Arte / Reprodução)

RIO DE JANEIRO - Os cinco ex-jogadores do Sampaio Corrêa que estão sendo investigados na Operação Penalidade Máxima I vão a julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na manhã da próxima terça-feira (6), a partir das 11h30. Paulo Sérgio, Allan Godói, Mateusinho, André Luiz e Ygor Catatau são suspeitos de participação em um esquema de manipulação de resultados em jogos da última rodada do Campeonato Brasileiro Série B de 2022, quando ainda defendiam o Sampaio, com o objetivo de favorecer apostadores esportivos.

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O julgamento de Paulo Sérgio, Allan Godói, Mateusinho, André Luiz e Ygor Catatau será realizado pela 5ª Comissão Disciplinar, no Plenário do STJD. O quinteto ex-Sampaio foi denunciado pela Procuradoria em diferentes artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e pode sofrer as seguintes punições: suspensão de seis a 12 jogos, suspensão de até 720 dias, multas de até R$ 100 mil acumulativas e banimento do futebol profissional no Brasil.

Antes do julgamento, Paulo Sérgio, Allan Godói, Mateusinho, André Luiz e Ygor Catatau foram suspensos preventivamente por 30 dias pelo STJD. Paulo Sérgio e Allan Godói estão no Operário Ferroviário, Mateusinho defende o Cuiabá, André Luiz está sem clube desde que foi dispensado pelo Ituano, e Ygor Catatau agora é atleta do Sepahan, do Irã.

Investigação

O MPGO iniciou a investigação de manipulação de resultados na Série B em novembro de 2022, poucos dias após o encerramento da competição, graças a uma denúncia de Hugo Jorge Bravo, presidente do Vila Nova. No dia 14 de fevereiro, a Operação Penalidade Máxima foi deflagrada com mandados de busca e apreensão: na ocasião, o único ex-jogador do Sampaio Corrêa a ser alvo da operação foi o lateral Mateusinho, que já tinha saído da Bolívia Querida para defender o Cuiabá. Paulo Sérgio, Allan Godói, André Luiz e Ygor Catatau, que também defendiam o Sampaio em 2022, viraram réus no decorrer do processo, após a investigação apreender o celular de Mateusinho e descobrir conversas do quinteto no WhatsApp sobre o esquema.

Dos cinco atletas que estavam no Sampaio Corrêa em 2022 e foram citados pelo MPGO na denúncia de manipulação de resultados, apenas o zagueiro Allan Godói permaneceu no Sampaio Corrêa para a temporada de 2023. A Bolívia Querida, entretanto, decidiu encerrar o contrato com Allan Godói após o andamento das investigações.

Em fevereiro, quando Mateusinho foi alvo da Operação Penalidade Máxima, o Sampaio Corrêa manifestou apoio às investigações, ressaltou que não compactua com fraudes no futebol e cobrou punição aos responsáveis.

Operação Penalidade Máxima

De acordo com as investigações da Operação Penalidade Máxima, grupos criminosos convenciam jogadores de futebol a cometerem lances específicos em partidas para gerar lucro a apostadores em sites do ramo. As propostas chegavam a R$ 100 mil.

Na primeira denúncia, havia a suspeita de manipulação em três jogos da Série B de 2022, incluindo a partida entre Sampaio Corrêa e Londrina, pela última rodada da Segundona, porém, os desdobramentos da operação levaram os investigadores a constatar que o problema era de âmbito nacional e ocorreu nos Estaduais, além da primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

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