O governador Flávio Dino (PCdoB) voltou a fazer uma espécie de lobby por um eventual governo do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), na possibilidade ainda que distante no atual cenário, de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Adversário político de Bolsonaro, Dino tem elevado o tom contra o líder da nação, principalmente por causa da condução do Governo Federal no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
Em entrevista ao Congresso em Foco na terça-feira, Dino afirmou que o impeachment de Bolsonaro é imprescindível.
E foi adiante: ele afirmou que apesar de nutrir diferenças ideológicas com o vice da República, Mourão tem capacidade de atuar como um gestor mais competente à frente do país.
“Tenho certeza que o vice-presidente Hamilton Mourão, com quem tenho óbvias diferenças ideológicas, seria um gestor com mais atributos, qualidades e capacidades cognitivas para poder entender o que está se passando no Brasil e no mundo e, com isso, poder governar melhor”, disse.
Não foi a primeira vez que o comunista flertou no campo da política, com Hamilton Mourão.
Em março deste ano, ele afirmou ao Valor Econômico que Mourão teria mais condições de conduzir o país neste período de grave crise sanitária, em meio à pandemia da Covid-19.
Em abril do ano passado, ele sugeriu em entrevista à Revista Época, que Bolsonaro entregasse o governo ao seu vice.
No mês de junho daquele ano, o comunista elogiou o vice-presidente da República após uma reunião conduzida por Mourão com governadores de estados que integram a Amazônia Legal.
Naquela oportunidade, Flávio Dino Dino enfatizou a importância da retomada do Fundo da Amazônia, ocorrida após ação direta do vice.
Em 2019 Flávio foi recebido pelo vice-presidente em seu gabinete, em Brasília. Na ocasião, ele convidou Mourão a visitar o Maranhão.
A postura do comunista tem sido observada de perto por parentes e aliados de Bolsonaro, incomodados com os gestos de Dino.
Um dos filhos do presidente, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, por exemplo, chegou a criticar o vice na ocasião da agenda dele com Dino.
Talvez por já saber desse incômodo no “seio bolsonarista”, o governador do Maranhão siga alimentando o tema. Afinal, o seu alvo tem sido atingido.
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