Análise

São Luís de problemas, e prefeito e governador brigam por Carnaval na Beira-Mar

Tradicionalmente, o governo do Estado faz a festa de Carnaval no local, no entanto, o prefeito Eduardo Braide decidiu que quer o seu carnaval lá este ano; conflito sem sentido em uma capital com problemas a serem resolvidos.

Carla Lima/Ipolítica

Atualizada em 04/01/2024 às 09h15
Um dos maiores problemas de São Luís é o do transporte público, algo que atinge 70% da população da cidade
Um dos maiores problemas de São Luís é o do transporte público, algo que atinge 70% da população da cidade (Divulgação)

SÃO LUÍS - Há muitos problemas a serem resolvidos em São Luís e um deles não é uma disputa pela Avenida Beira-Mar para realização de Carnaval em 2024. A prefeitura e o governo querem a festa no espaço e já divergem por isto com colocação, retirada de estruturas e placas, volta destas placas e até força policial envolvida.

O conflito tolo e desnecessário diante dos problemas da cidade. O prefeito Eduardo Braide (PSD) poderia iniciar uma briga pela prestação adequada do serviço de transporte público. Este sim é um grande problema que atinge mais de 70% da população. 

O conflito poderia ser com os empresários, que recebem subsídio, pressionaram por dois aumentos de tarifa e mantém o péssimo serviço que são interrompidos por greves dos rodoviários com uma certa constância na gestão de Braide.

O governo do Estado poderia se voltar para questões realmente importantes como a estrada da Maioba, um problema antigo tanto fazendo chuva como fazendo sol. Um transtorno nunca resolvido.

A Prefeitura de São Luís poderia se preocupar em garantir merenda escolar de qualidade para os alunos da rede municipal de ensino. Até farinha com frango já foi servido para crianças entre 3 e 5 anos na atual gestão.

As energias do prefeito deveriam se voltar para as unidades de saúde que fica até sem medicamentos.

Enfim, são muitos problemas na educação, saúde, segurança, infraestrutura, na própria cultura a serem resolvidos e o foco é o Carnaval. Prioridades invertidas e uma “política de pão e circo” muito clara e cara para os contribuintes.

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