Análise

Espaço para ciclistas praticar esportes e trabalhadores sem ciclovias

Prefeito Eduardo Braide vai fechar a Avenida Litorânea três vezes por semana para a prática do ciclismo; os ciclistas do dia a dia permanecem disputando espaço com veículos em ruas e avenidas.

Carla Lima/Ipolítica

Na campanha de 2020, Eduardo Braide prometeu construção de ciclovias, mas até o momento, a promessa continua no papel
Na campanha de 2020, Eduardo Braide prometeu construção de ciclovias, mas até o momento, a promessa continua no papel (Foto: reprodução / Redes Sociais)

SÃO LUÍS - O prefeito Eduardo Braide (PSD) anunciou o fechamento de uma das faixas da Avenida Litorânea três vezes por semana para a prática de ciclismo para corredores. A ideia é dá mais segurança aos ciclistas. Louvável a ideia do gestor, no entanto, segmentada demais e, no mínimo, elitista.

Fechar parte da Litorânea para ciclista acaba por atender somente uma pequena parcela da população que pode praticar o esporte. E garantir espaço para ciclistas praticarem esporte não a proposta de campanha de Braide em 2020 quando disputava a Prefeitura de São Luís. 

Considerando que a maioria dos usuários de bicicletas na capital não utiliza o meio de transporte para prática esportiva e sim para ir para escola, trabalho, por exemplo, se o prefeito cumprisse o que prometeu durante as eleições, os ciclistas do dia a dia não precisariam disputar espaços nas ruas e avenidas da cidade com ônibus, carros e motos.

Na área da mobilidade urbana, Braide prometeu construção de ciclovias e implantação de ciclofaixas interligando-as a outros modais de transporte. Além disto, tem a construção de três novos terminais, aumento da frota de ônibus e construção, modernização das paradas de ônibus.

Está tudo no papel e por lá permanece. Não tem ciclovias, não tem novos terminais, nem nova frota de ônibus e muito menos novas paradas de ônibus. O sistema de transporte público visivelmente piorou na gestão atual.

E em um dia em que os usuários do transporte público sofrerão mais uma vez com uma paralisação parcial nos serviços, se as ciclovias existissem, uma alternativa de transporte poderia ser a bicicleta.

 

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