Bruna Castelo Branco*
Quando cheguei na redação de O Estado eu era jovem estudante de jornalismo e tinha como sonho estagiar em um grande jornal. Entrei em estágio curricular, obrigatório pela faculdade, ao fim do período, fui chamada pelo então diretor de redação, Ribamar Corrêa para uma experiência como estagiária extracurricular e veio o primeiro desafio: fazer cobertura das atividades do Centro de Lançamento de Alcântara, algo que era completamente fora do meu conhecimento, estudei muito e cumpri essa missão por oito anos.
Nesse tempo todo, outras editorias passaram por minha vida, lembro orgulhosa de cada reportagem assinada. Era meu nome ali, contando uma história para tanta gente e por meio de O Estado. Quanta responsabilidade!
Fui repórter de cidade, fiz plantões em polícia, cobri semanas de moda aqui em São Luís e em outras cidades brasileiras, como a disputada SPFW, produzi revistas temáticas como a especial Noivos e a revista Ambientes, voltada para o nicho de arquitetura, e cheguei em minha grande paixão: o jornalismo cultural, editoria que me fez conhecer tanto da nossa cultura.
Como repórter do Alternativo, entrevistei muita gente que eu admirava, convivi com grandes escritores e aprendi muito com Selma Figueiredo, a minha eterna editora.
Em 2012, assumi a editoria do Alternativo, algo de imensa responsabilidade para mim, voltando um pouco no tempo, posso dizer que sempre fui fã do caderno, desde adolescente.
Colecionava as crônicas de Hoje é dia de..., e tinha imensa curiosidade em conhecer os autores.
E conheci tantos outros, por causa do jornal conheci José Louzeiro, Nauro Machado, Arlete Nogueira da Cruz, entre tantos outros nomes que estarão sempre em meu coração.
Na redação, convivi com uma equipe de profissionais de comunicação generosa e que sempre esteve disposta a me ajudar e, ao longo de 15 anos, aprendi e amadureci dentro deste lugar. Eu que cheguei uma menina aqui, me despeço das páginas impressas, com uma experiência tão rica para contar. Onde eu imaginei que ia acompanhar tantas transformações no jornalismo impresso?
Pois bem, é hora de fechar esse ciclo e iniciar outros desafios, mas a experiência vivida em O Estado vai sempre ter um espaço especial em mim e sempre permeada de boas lembranças.
Bruna Castelo Branco é jornalista e foi editora do caderno Alternativo
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