Condenação

Irã confirma pena de morte para suposto espião da CIA

O Irã anunciou em julho de 2019 a prisão de 17 iranianos que pertenceriam a uma rede de espionagem da CIA. Washington chama essas afirmações de completamente falsas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Iranianos queimam bandeiras de Israel e dos Estados Unidos durante um protesto em Teerã
Iranianos queimam bandeiras de Israel e dos Estados Unidos durante um protesto em Teerã (Reuters)

TEERÃ - Um iraniano condenado por espionagem em favor dos Estados Unidos foi condenado à morte em última instância, anunciou ontem,4, a Justiça do Irã.

A sentença de morte deste "espião da CIA", Amir Rahimpour, foi recentemente confirmada pelo Supremo Tribunal, declarou o porta-voz da Autoridade Judiciária, Gholamhossein Esmaïli, em entrevista coletiva transmitida pela televisão estatal.

Em outubro, a Autoridade Judiciária anunciou a sentença de morte de uma pessoa condenada por espionagem para um serviço americano, indicando que sua identidade seria divulgada se o veredicto fosse confirmado pelo Supremo Tribunal.

Rahimpour foi condenado por "tentar fornecer aos americanos informações sobre o programa nuclear do país", disse Esmaïli, que afirmou que o condenado "recebeu altos salários" por isso.

O Irã anunciou em julho a prisão de 17 iranianos entre março de 2018 e março de 2019 no contexto do desmantelamento de uma "rede de espionagem" da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) e condenou vários deles a morte. Washington chama essas afirmações de "completamente falsas".

A República Islâmica do Irã e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas desde 1980. As tensões entre os dois países aumentaram significativamente desde que Washington se retirou unilateralmente, em 2018, do acordo nuclear iraniano concluído em 2015 entre o Irã e o grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha).

Washington acusa o Irã de procurar adquirir uma arma atômica e o presidente americano, Donald Trump, prometeu fazer tudo para impedir que isso acontecesse. Teerã, por sua vez, sempre negou a intenção de tentar produzir armas nucleares.

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