Eleição 2018

Candidato a deputado denuncia “polícia política” após apreensão de material

Em um vídeo, o político – suplente de vereador de São Luís – reclamou de censura ao seu direito de livremente expressar-se.

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

O candidato a deputado estadual Paulo Roberto Pinto Lima, o Carioca (PRTB), acusa o Governo do Estado de usar a polícia para persegui-lo politicamente. Ele teve apoiadores e material de campanha apreendidos pela Polícia Civil na manhã de ontem (1º), após denúncia de divulgação de material apócrifo.

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Em um vídeo, o político – suplente de vereador de São Luís – reclamou de censura ao seu direito de livremente expressar-se.

“Eu tive material de campanha oficial preso. Tive pessoas humildes que me ajudam enviadas para a delegacia. Meu direito de liberdade de expressão foi aniquilado pela polícia política do governador”, disse Carioca.

Os militantes citados por Carioca atuavam na distribuição de material com críticas aos deputados Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), ambos candidatos ao Senado pela coligação “Todos pelo Maranhão”.

Nos panfletos eram expostas denúncias feitas contra Weverton Rocha no Jornal Nacional – citando o pedetista como réu em ação no Supremo Tribunal Federal (STF) – e contra Gama, a respeito das recentes revelações sobre seu marido, Inácio Melo – suspeito de possuir três CPFs e acusado de não pagar R$ 560 mil de pensão alimentícia a um filho que já tem 22 anos.

Em todo o material apreendido pela polícia constava o CNPJ da campanha, além da identificação da gráfica onde fora rodado.

Após saber do corrido, Carioca reafirmou a autoria do material. “Fiz tudo dentro da lei e fiz questão de mostrar a autoria do material. Liberdade de expressão é um direito meu! Querem uma campanha em que seus malfeitos não sejam denunciados? Então podem mandar me prender, porque eu não vou parar de denunciar”, reforçou.

Polícia política - A denúncia do suplente de vereador Carioca remete a um recente escândalo envolvendo a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) e o governo Flávio Dino.

Em abril, O Estado revelou uma série de documentos interno da corporação – ofícios e memorandos – detalhando ordens para que os comandos de policiamento do interior identificassem e catalogassem lideranças de oposição ao governador que pudessem causar “embaraço ao pleito eleitoral”.

O “Escândalo da Espionagem”, como ficou conhecido, acabou provocando uma sindicância interna – que isentou o Comando-Geral da PMMA e o próprio Executivo -, além de uma investigação à parte, instaurada pela Procuradoria Regional Eleitoral no Maranhão (PRE-MA).

Apesar da gravidade do caso e pressão da oposição, no entanto, até a semana passada, segundo a próprisa PRE-MA, “não houve conclusão no caso dos ofícios expedidos pelos comandantes da PM”.

MAIS

Numa coletiva de imprensa concedida na sede do PDT, em São Luís, Weverton Rocha e Eliziane Gama afirmaram ter pedido providências ao Ministério Público Eleitoral após a apreensão do material.

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