Perseguição

Candidato acusa atuação de ‘polícia política’ do governo nas eleições

Carioca teve apoiadores presos e material legalizado de campanha apreendido pela polícia

José Linhares Jr

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28

Paulo Roberto Pinto, o Carioca, acusa o Governo do Estado de usar a polícia para persegui-lo politicamente. Ele teve apoiadores e material de campanha apreendidos pela polícia na manhã desta segunda (01).

Não é a primeira vez que o governo é acusado de tais práticas. Em 2016 o major Janilson Lindoso foi preso em Imperatriz. Ele alegou motivação política para sua prisão. Ainda naquele ano, políticos de Coroatá denunciaram o uso da polícia contra aliados. Agora em 2018, mais uma vez o governo voltou a protagonizar denúncias de uso da polícia quando uma circular da PM que solicitava a espionagem de adversários se tornou pública.

O material apreendido pela polícia
O material apreendido pela polícia

O CASO CARIOCA

“Eu tive material de campanha oficial preso. Tive pessoas humildes que me ajudam enviadas para a delegacia. Meu direito de liberdade de expressão foi aniquilado pela polícia política do governador”, disse carioca.

O candidato se referia à prisão de apoiadores seus na manhã de hoje. Eles distribuíam panfletos críticos aos deputados Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS). Nos panfletos eram expostas denúncias feitas contra Weverton Rocha no Jornal Nacional. Contra Eliziane Gama, pesavam repreensões contra sua postura protetora em relação às denúncias contra seu marido.

Material, ao contrário das acusações, é legalizado.
Material, ao contrário das acusações, é legalizado.

Todo o material apreendido pela polícia constava o CNPJ da campanha. Após saber do corrido, Carioca reafirmou a autoria do material. “Fiz tudo dentro da lei e fiz questão de mostrar a autoria do material. Liberdade de expressão é um direito meu! Querem uma campanha em que seus malfeitos não sejam denunciados? Então podem mandar me prender, porque eu não vou parar de denunciar”, prometeu.

RELEMBRE OS CASOS

Em 2016 o major Janilson Lindoso foi preso por insubordinação. O caso chocou o eleitorado de Imperatriz após ter sido lançada a suspeita de que Janilson havia sido preso por apoiar o candidato Assis Ramos, adversário do candidato governista em Imperatriz.

No mesmo ano o governo foi acusado de usar a força policial nas eleições de Coroatá. O processo em que a prática foi denunciada culminou com a condenação do governador Flávio Dino a inelegibilidade.

Em 2018 chegou a conhecimento do público a Circular nº08/2018. O documento foi encaminhado para todas as unidades da PM no interior do estado subordinadas ao comando e determinava a espionagem de ex-deputados, ex-prefeitos e ex-vereadores, que “podem causar embaraços” nas eleições 2018.

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