Editorial

Menos asfalto

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34

Pesquisa CNT de Rodovias 2017, divulgada há dois dias pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), restabeleceu a verdade no que se refere às condições das estradas estaduais do Maranhão, também conhecidas como MAs. De quebra, o levantamento lançou dúvida sobre a eficiência do programa de infraestrutura rodoviária “Mais Asfalto”, propagandeado pelo Governo do Estado como verdadeira revolução em termos de mobilidade por via terrestre na interligação entre os municípios maranhenses.

A pesquisa apontou que 95,4% das rodovias estaduais do Maranhão estão em condições “regular”, “ruim” ou “péssima”. O levantamento, que apresenta uma ampla análise da malha da rodoviária do país, é a constatação de que o tão propagandeado programa “Mais Asfalto”, do governo comunista de Flávio Dino, não passa de falácia.

De acordo com a pesquisa, que classifica os 1.429 quilômetros de rodovias estaduais como “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” e “péssimo”, só 4,6% da malha rodoviária estadual maranhense tiveram avaliação positiva, ou seja, receberam a qualificação “bom”. Detalhe: nenhum trecho de estrada jurisdicionada ao Governo do Estado foi considerado “ótimo”.

A qualificação “regular” foi dada a apenas 3,6% de toda a malha, o que corresponde a apenas 55 quilômetros. A classificação “ruim” foi atribuída a 378 quilômetros, ou 26,5% da extensão somada das estradas. Nada menos do que 930 quilômetros de rodovias estaduais receberam a avaliação “péssimo”, equivalente a 65% de toda a extensão rodoviária, dado que exibe uma coincidência por ser justamente o número que identifica o PCdoB, segundo registro no Tribunal Superior Eleitoral - TSE, o partido político do governador.

Em sua propaganda oficial, o governo estadual informa que desde 2015 - primeiro ano da atual gestão - mais de 2 mil quilômetros de ruas, avenidas e estradas foram construídos, melhorados e reformados por meio do programa “Mais Asfalto”. Ainda de acordo com a comunicação governista, 24 trechos rodoviários estão em obras atualmente. Confrontados com o resultado da Pesquisa CNT de Rodovias 2017, os dados divulgados pelos canais de informações palacianos tornam-se fictícios e são reduzidos a mera falácia, que se sustentam na propaganda, mas são derrubados em uma inspeção in loco.

Levando-se em conta as condições gerais da malha rodoviária do Maranhão, o que inclui as estradas estaduais e federais, a situação também não é nada boa. De um total de 4.647 quilômetros de vias terrestres, só 30 quilômetros obtiveram avaliação “ótimo”, o que equivale a irrisórios 0,6% de toda extensão.

Outros 1.368 quilômetros (ou 29,4%) foram considerados “bom” e 1.027 foram qualificados como “regular”, o que corresponde a 26% de toda a malha rodoviária. A avaliação “ruim” foi atribuída a 1.039 quilômetros (22,4% do total), enquanto 1.003 quilômetros, que correspondem a 21,6%, foram apontados como “péssimo”.

Esse é o resultado da mudança do governo comunista de Flávio Dino.

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