“A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1Corintios 13, 4-7) "
A essência de ser Mãe nos faz pensar no significado da palavra "Caridade", que vem do latim caritas, que quer dizer afeto, amor. Bastam essas duas palavras para definirmos o verdadeiro sentido da Maternidade.
A mais verdadeira e completa tradução de amor e afeto está em tudo que sabemos que vocês, Mães, são capazes de fazer e viver por nós, filhos.
Afeto no gestar, no sentir todas as dores, inquietações, afeto na espera, afeto no sentir-se Mãe.
O amor afetuoso da Mãe é aquele que faz com que ela deixe de olhar para si, e comece a olhar para o outro, com o olhar do Pai.
Sempre prontas para servir, as Mães nos ensinam, com suas atitudes, que não há nada que possa impedir a ação de Jesus em nossas vidas.
Joia rara e de plena beleza, a Mãe sempre nos surpreende com o seu jeito de se doar e se entregar com sua forma despojada e serena de ser.
"Bem-aventurada és tu, que crestes" (Lucas 1,45). Assim como Maria, que se entregou em plenitude à ação do Espírito Santo, assim também acontece com as Mães em relação às missões que lhes são confiadas.
Maria, em sua sapiência, guardava tudo em silêncio e, apesar de Mãe, era obediente na escuta e na certeza de que a sabedoria e o discernimento são necessários para a vivência do amor.
Na passagem de João, Capítulo 2, Maria fala aos discípulos: "fazei o que ele vos disser". Essa passagem nos remete à sabedoria das Mães, na prática da escuta diária, na vivência da espera e na fé de tudo alcançar pelo amor maternal.
Em Maria podemos ver a pressa, o desejo, a necessidade em se doar. De sair de si mesma, de se despojar do que é seu, para se lançar ao serviço do outro, para se dedicar àqueles que têm necessidades. O que impulsiona Maria é a força e o poder do Espírito Santo. Esse mesmo Espírito Santo, em sua plenitude, impulsiona nossas Mães a se doarem, a se despojarem, a servirem com resignação e amor. Um amor sem medidas, um amor incondicional.
Em Maria, celebramos a encarnação do presente. Pela crença de Maria, pelo seu sim, toda obra do Altíssimo se cumpriu em nós.
Queremos assim parabenizar todas as Mães, que a exemplo do sim de Maria, são capazes de se doar, viver em plenitude um amor sem medidas, um amor que não consegue ver defeitos, um amor do olhar de Cristo, um amor que simplesmente, ama.
Tenho, em minha vida, um grande exemplo desse amor/mulher. Minha Mãe, Euzamar Baima Souza, mulher de força, exemplo de vida e de dedicação às necessidades do próximo. Mãe que ama com o mais profundo do seu coração e que está sempre presente em todos os momentos da minha vida. Essa Mãe me mostra, todos os dias, o verdadeiro Deus que deve haver em cada um de nós.
Através dessa Mãe/mulher/amor, quero parabenizar todas as Mães que, na essência de ser mulher, se entregaram com seu sim para amar sem medida não só os filhos biológicos, mas, também, àqueles que Deus coloca em nossas vidas para receberem afeto, amor, acolhimento. Parabéns às mães biológicas, mães de coração, mães de todas as formas!
Que o poder de Deus, pela ação infinita do Espírito Santo, abençoe e proteja cada uma dessas mulheres que vivem a missão de servir com o amor de Maria.

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