(Divulgação)
COLUNA
Estado Maior
Notas sobre a política local, regional e nacional.
Estado Maior

Professores denunciam merenda de farinha e frango para crianças de até 5 anos em escolas de São Luís

Nas redes sociais, professores da rede municipal de ensino da capital mostram pratos com merenda de farofa de frango para alunos de 3 a 5 anos na zona rural.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h58
Crianças de 3 a 5 anos recebem farofa de frango na merenda na rede de ensino de São Luís
Crianças de 3 a 5 anos recebem farofa de frango na merenda na rede de ensino de São Luís (Reprodução/redes sociais)

SÃO LUÍS - Uma denúncia nas redes sociais mostra um sistema de ensino público em São Luís com problemas graves. São crianças de 3 a 5 anos comendo na merenda farinha com frango desfiado. Para além deste absurdo, há ainda a manifestação para o cumprimento da lei 12.746/2012 que garante inclusão de verdade nas escolas.

Sobre o primeiro fato, a escolas municipais da zona rural de São Luís, professores mostram nas redes sociais o prato com a merenda de crianças pequenas. A história de comida balanceada com legumes, hortaliças, carboidratos e mais proteína não consta, segundo os docentes, no cardápio dos pequenos.

A Prefeitura de São Luís tem disponibilizado uma farofa com frango para as crianças de 3 a 5 anos. E a farofa é com a farinha amarela - aqui no Maranhão chamada de farinha d'água. “As crianças se engasgam”, disse uma professora à coluna.

Chama atenção para este tipo de alimentação considerando que, em 2022, a Prefeitura de São Luís recebeu mais de R$ 11 milhões para a merenda escolar. E deste total, parte deveria ser investido na compra da produção da agricultura familiar. O que houve? 

Além deste problema grave na alimentação de crianças na rede municipal de ensino, os professores ainda enfrentam a total falta de estrutura para a educação da primeira infância. Não há brinquedo lúdicos, ornamentação das salas que ajudam na aprendizagem. “Nada novo. Trabalhamos com brinquedos e outros equipamentos ainda da gestão de Edivaldo Holanda Júnior e as salas foram ornamentadas pelas próprias professoras que compraram com seus recursos”, disse outra docente à coluna.

Situação delicada para os alunos da rede municipal de ensino de São Luís que enfrenta também o protesto de pais e mães de alunos deficientes que, por lei de 2012, deveria ter um tutor ou acompanhante especializado. Mas a lei não está sendo cumprida pela Prefeitura.

Triste realidade dos alunos do ensino municipal de São Luís

Resposta

Sobre o caso da merenda de farinha para as crianças de até 5 anos, nas redes sociais, o prefeito Eduardo Braide (PSD) informou que irá mandar averiguar e perguntou qual a escola.

Como resposta, uma professora disse que estava acontecendo em toda a rede de ensino da capital.

A Prefeitura de São Luís se pronunciou na noite desta quinta-feira, 9, sobre o caso da merenda escolar. 

Segundo nota da Secretaria Municipal de Educação, a empresa que fornece a merenda escolar foi notificada.

"A Secretaria Municipal de Educação (Semed) informa que já notificou a empresa responsável pela distribuição da merenda escolar na rede municipal, para que sejam aplicadas as devidas sanções diante do caso", diz a nota.

Nota

Já sobre a lei 12.746/2012, a Semed, também em nota, afirma - ao contrário do que dizem os pais e mães de crianças com autismo - que o atendimento especializado e as salas de recursos estão disponíveis em quase 100 escolas da rede municipal.

""A Semed informa também que o seletivo de professores está em andamento para a ampliação do número de profissionais de Atendimento Educacional Especializado nas escolas municipais de São Luís", diz a nota da secretaria.

As opiniões, crenças e posicionamentos expostos em artigos e/ou textos de opinião não representam a posição do Imirante.com. A responsabilidade pelas publicações destes restringe-se aos respectivos autores.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.