SÃO LUÍS - Com um movimento de professores marcado para iniciar-se nesta segunda-feira (27), o Governo do Maranhão emitiu uma nota na qual diz seguir aberto a dialogar com a categoria.
Os profissionais da área anunciaram uma paralisação das atividades, por uma semana, como forma de pressionar o Estado a pagar reajuste de 14,95%, como dado pelo Ministério da Educação (MEC) ao piso da categoria. A proposta do governo, no entanto, é de pouco mais de 8%, sob a legação de que os trabalhadores já recebem acima do piso no estado.
No comunicado emitido hoje, a gestão estadual diz que já garantiu o atendimento a 8 de 15 pautas propostas e que seria, portanto, “inadequado” o movimento de greve, diante da possibilidade de avanço de outros pontos.
Na semana passada, o próprio governador Carlos Brandão já havia comentado o caso. “Estamos atentos à questão do reajuste dos professores. Já debati com o governo federal sobre compensações aos estados devido às perdas fiscais nos últimos anos. Compensação inclusive na educação, fundamental para auxiliar na viabilização do reajuste salarial da classe. Temos dialogado com o sindicato da categoria e, inclusive, apresentamos proposta de reajuste salarial e uma série de ganhos aos professores. Reitero que continuamos abertos ao diálogo em busca de um consenso”, afirmou, em publicação nas redes.
Ele também salientou que os professores estaduais no Maranhão já recebem o 3º maior salário do Brasil e que o seu governo seguirá valorizando a categoria. “Destaco que os professores estaduais já recebem o 3° maior salário do país para a jornada de 40h e acima do piso. Dos 15 itens solicitados, oito foram aprovados pelo nosso Governo do Maranhão, e podem contar com o nosso compromisso para valorizar a categoria, com responsabilidade fiscal”, finalizou.
Decisão - Apesar de anunciarem a manutenção do movimento, os professores já sofreram uma derrota na Justiça Estadual.
Na sexta-feira (24), o desembargador Sebastião Bonfim, do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJMA), concedeu liminar em ação protocolada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) e decretou a ilegalidade do movimento.
O magistrado decretou multa diária de R$ 100 mil e descontos dos dias não trabalhados dos que se mantiverem em greve.
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