Latrocínio

Preso policial militar suspeito de roubar e matar professor em São Luís

O corpo de Diomar Guterres Filho foi encontrado um terreno abandonado do bairro Areinha, no dia 8 de novembro.

Imirante.com

Atualizada em 15/02/2023 às 08h28
Diomar Guterres Filho, de 32 anos era estudante de odontologia e professor.
Diomar Guterres Filho, de 32 anos era estudante de odontologia e professor. (Foto: Reprodução / Redes sociais)

SÃO LUÍS - Foi preso nesta sexta-feira (25), um soldado da Polícia Militar (PM), identificado como Emanuel Vasconcelos da Silva, de 32 anos, suspeito de matar o professor e estudante de odontologia Diomar Guterres Filho, que foi vítima de latrocínio, no dia 8 de novembro deste ano, no bairro da Areinha, em São Luís.

De acordo com a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), o militar é lotado no 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e foi preso por investigadores da Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP) na própria residência no bairro Anil, na capital, em cumprimento a um mandado de prisão temporária.

Diomar Guterres foi encontrado morto por um disparo de arma de fogo na região da cabeça, em um terreno abandonado, na rua 46, no bairro da Areinha. Como o veículo e o aparelho de celular do professor foram roubados, o crime foi caracterizado como latrocínio (roubo seguido de morte).

Ainda segundo as investigações da SHPP, além do mandado de prisão, os policiais civis cumpriram dois mandados de busca e apreensão contra endereços ligados ao investigado. Durante as buscas, foram encontrados dois celulares e uma arma de fogo .40, que passarão por perícia.

Durante interrogatório, o PM usou o direito de permanecer em silêncio. O militar só deverá prestar esclarecimentos na próxima quarta-feira (30), na companhia do seu advogado.

O delegado Marconi Matos, do Departamento de Proteção à Pessoa (DPP), informou, durante entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, que o policial militar já é investigado por um crime de roubo, que aconteceu em agosto deste ano, tendo como vítima um técnico de enfermagem, de 28 anos. A vítima procurou a polícia, para denunciar que foi dopado e roubado pelo PM.

“A vítima disse que conheceu o investigado através de um aplicativo de relacionamento e se encontraram depois no apartamento da vítima. No caso, ele (o enfermeiro) foi dopado, e o investigado subtraiu os bens da vítima. Depois, ao recobrar a consciência, a vítima procurou atendimento médico e guardou as mensagens das conversas que ele teve com o investigado e isso corroborou com o que nós já tínhamos, que ligava o investigado ao caso do Diomar. Por essa razão apresentamos ao Poder Judiciário, que decretou a prisão temporária do investigado”, contou o delegado.

Ainda segundo o delegado da DHPP, não se descarta a possibilidade do professor Diomar Guterres ter conhecido o policial militar, também, por meio de um aplicativo de relacionamento.

“Como a vítima sobrevivente disse a maneira como o investigado agia, nós não descartamos a possibilidade dele ter conhecido a vítima (Diomar) através de um aplicativo de relacionamento. Por essa razão, nós não descartamos, também, uma possibilidade de outras vítimas”, disse Marconi Matos.

De acordo com o delegado, o carro e o celular da vítima ainda não foram recuperados. Até o momento, o que se sabe é que o policial, após o crime, alugou o carro para uma terceira pessoa, que foi identificada, conduzido ao DHPP, onde foi ouvido e depois liberado. Segundo Marconi Matos, o homem deve ser indiciado pelo crime de receptação.

Já o PM Emanuel Vasconcelos da Silva foi encaminhado à prisão do Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, em São Luís, onde ficará custodiado à disposição do Poder Judiciário.

O Departamento de Proteção à Pessoa dará continuidade às investigação, no intuito de buscar mais esclarecimentos sobre o crime.

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