SÃO LUÍS - Acontece nesta segunda-feira, 14, nova rodada de conversas entre os presidente dos partidos que decidiram federação: PV, PT e PCdoB. A pauta é a organização da nominata para a disputa de deputado estadual e deputado federal. O novo encontro acontece menos de uma semana depois do primeiro. Possíveis novos filiados do PCdoB foi a razão para a nova reunião.

O PT, PCdoB e PV, há cerca de uma semana, decidiram se unir em federação para as eleições de 2022. A definição se deu após reunião das direções nacionais das três legendas.

Um dia após esta definição, os presidentes estaduais das três siglas - Márcio Jerry (PCdoB), Adriano Sarney (PV) e Francimar Melo (PT) - se reuniram para iniciar as conversas para composição das chapas para a disputas proporcionais. Ao que tudo indica, o impasse já teve início.

Tem previsão para se filiar ao PCdoB nomes como o presidente do Detran, Francisco Nagib, o secretário de Agricultura do Estado, Rodrigo Lago, e também a permanência da secretária e deputada Ana do Gás. Os nomes são considerados fortes e pode desequilibrar o pleito a Assembleia Legislativa dentro da federação dos três partidos.

Os mandados de Adriano Sarney e do petista Zé Inácio, por exemplo, pode ficar ameaçados e, assim, eles não conseguirem a reeleição já que a chapa para deputado federal deve ser composto com nomes dos três partidos.

Em entrevista ao programa O que Interessa, da Mirante FM, Adriano Sarney disse que existem duas possibilidades de definições para a composição das chapas proporcionais. A primeira é no diálogo local respeitando as proporções de votos adquiridos por cada partido nas eleições gerais passadas. A segunda, seria um diálogo nacional entre as direções para definição da nominata.

Pela definição do PCdoB e as possíveis filiações, o PV e o PT já vem organizando uma reação. Os dois partidos, por exemplo, ainda têm tempo para filiar novos nomes e prometem buscar políticos de mandato para disputar a corrida pela Câmara dos Deputados, o que acaba atrapalhando os planos de Márcio Jerry de se reeleger deputado federal.

A reunião dos três partidos deve ocorrer no fim de segunda-feira. A ideia é definir a nominata das legendas em federação antes do fim do prazo de filiação partidária.

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O que é federação partidária?

Desde 2017, as coligações foram extintas nas eleições proporcionais, que elegem representantes políticos para as casas legislativas (cargos de deputado federal, deputado estadual, deputado distrital e vereador). No entanto, a legislação continuou a permitir a união de partidos em torno de uma única candidatura nas eleições majoritárias (para os cargos presidente, senador, governador e prefeito).

Com a criação das federações partidária, que é a união de partidos como se fosse uma coligação, mas com uma diferença: os partidos em federação se tornam um partido único e devem atuar, no mínimo, quatro anos juntos. Ou seja, os partidos poderão se unir para apoiar qualquer cargo, desde que assim permaneçam durante todo o mandato a ser conquistado. A federação de partidos vale para eleições majoritárias, bem como para as proporcionais.

Assim, a principal diferença é o caráter permanente das federações, uma vez que as alianças firmadas nas coligações valem apenas até a eleição, podendo ser desfeitas logo em seguida.

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