Pandemia

Japão: aumenta o número de suicídios durante a Covid

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18

TÓQUIO - Há mais japoneses morrendo por causa de suicídio este ano do que de Covid-19, aponta reportagem da rede americana CBS. O Japão vem administrando sua epidemia de coronavírus melhor do que muitos outros países, com pouco mais de 2 mil mortes até o momento, mas estatísticas preliminares da Agência Nacional de Polícia japonesa mostram que os suicídios chegaram a 2.153 apenas em outubro, marcando o quarto mês consecutivo de aumento.

País asiático tem feio trabalho relativamente bom de contenção do novo coronavírus, porém suicídios podem estar ligados às consequências psicológicas da pandemia, com problemas familiares e desemprego. Em outubro, uma disparada dos suicídios de mulheres foi observada.

Mais de 17 mil pessoas tiraram sua própria vida este ano no Japão. Os casos aumentaram em 600 no mês de outubro em comparação a 2019, com os suicídios femininos, que em geral são cerca de um terço do total, subindo mais de 80%.

Principais responsáveis ​​pelo cuidado das crianças, as mulheres foram as principais vítimas da perda de empregos e de segurança provocada pela pandemia. Elas também correm maior risco de violência doméstica, que os centros de ajuda dizem ter piorado este ano no Japão, assim como em todo o mundo.

Os suicídios de crianças, embora sejam uma parcela muito menor do total, também aumentaram. "Precisamos confrontar seriamente a realidade", disse o porta-voz do chefe do governo, Katsunobu Kato, esta semana, ao anunciar novos esforços para aconselhar vítimas em potencial por meio de linha direta telefônica.

Registros

O Japão reportou 2.688 novos casos de covid-19 registrados no sábado, 28, maior incremento para um dia e o terceiro dia seguido com mais de 2.500 novos vasos. Tokyo, Osaka, Aichi e Hokkaido são as cidades com maior número de infectados. Em Tóquio, o governo local determinou que restaurantes e bares de certas áreas fechem às 22 horas, até 17 de dezembro. Restrições semelhantes estão sendo adotadas outras cidades. O país contabiliza 147.498 casos e 2.057 mortes, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Em todo o mundo, o total de infectados passou de 62,3 milhões, de acordo com a universidade. O número de mortes decorrentes de covid-19 supera 1,45 milhão.

Nos Estados Unidos, 155.596 novos casos da doença foram registrados no sábado, abaixo das 205 mil infecções reportadas na sexta-feira. Com a queda, a média móvel de sete dias de novos casos diários também diminuiu, para 163 mil, ante quase 176 mil na quarta-feira, véspera do feriado de Ação de Graças no país. Mais de 13,2 milhões de norte-americanos já foram infectados pelo coronavírus e acima de 266 mil morreram, conforme a Johns Hopkins.

Em São Francisco, uma das cidades que mais êxito teve em conter a disseminação do vírus, começam a vigorar neste domingo restrições e um toque de recolher das 22 horas às 5 horas da manhã. As medidas, que devem durar até 21 de dezembro, afetarão cinemas, academias de ginástica, museus, aquários, zoológicos e casas de culto.

A Índia registrou 41.810 novos casos nas últimas 24 horas, elevando o total para mais de 9,39 milhões, de acordo com dados do Ministério da Saúde do país. Além disso, foram registradas 496 mortes, fazendo com que o número total chegasse a 136.696. O Serum Institute of India vai se inscrever em duas semanas para obter uma licença de uso emergencial da vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca, segundo afirmação, no sábado, do chefe da empresa, Adar Poonawalla.

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