Negligência

Eleitores vão às urnas, mas não seguem todos os protocolos sanitários

Votação em São Luís transcorreu dentro da normalidade, embora as regras de distanciamento social e uso de álcool em gel não tenham sido obedecidas como deveriam

Atualizada em 11/10/2022 às 12h18
Eleitor vota em seção eleitoral vazia em bairro da capital
Eleitor vota em seção eleitoral vazia em bairro da capital (eleitor idoso)

Quase 700 mil eleitores foram ontem às urnas escolher o novo prefeito de São Luís. A votação no segundo turno teve início às 7h, ou seja, uma hora mais cedo do que nos pleitos de anos anteriores, como medida preventiva ao novo coronavírus. Pessoas idosas tiveram prioridade desse horário até 10h e o processo de escolha do novo gestor municipal prosseguiu até 17h. Juízes, seis chefes de cartório, pelo menos 8 mil mesários, servidores do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE/MA) e estagiários participaram do pleito, garantindo a idoneidade do processo.

O vice-presidente e corregedor do TRE/MA, desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos, votou no turno matutino, no Colégio Santa Teresa, situado na Rua do Egito, no centro de São Luís. Na ocasião, ele frisou que o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e o Comitê de Segurança e Sanitário fizeram um planejamento para que tudo saísse a contento e que um dos pontos ressaltados foi a conscientização sobre a importância de os mais jovens deixarem as primeiras três horas de votação para as pessoas com mais de 60 anos e aquelas com comorbidades. “O protocolo está sendo seguido, garantindo um pleito tranquilo, objetivando o melhor para São Luís”, disse o desembargador.

O Colégio Santa Teresa foi também o local de votação da ex-governadora Roseana Sarney. Entre outras coisas, ela disse que a eleição é a festa da democracia e que este ano o item segurança precisou ser levado ainda mais a sério, frisando a questão em torno da pandemia do novo coronavírus. “É muito importante que as pessoas respeitem o distanciamento nos locais de votação e não deixem de usar a máscara. Hoje é uma oportunidade que nos é dada de exercer o direito do voto. Quando não votamos ou votamos em branco, por exemplo, não podemos cobrar mais tarde do candidato eleito”, disse a governadora.

Álcool

Nos locais de votação, raramente se via algum eleitor sem máscaras, mas nem todos se preocupavam em higienizar as mãos com álcool em gel antes e depois de se dirigirem às urnas. Frascos com o produto foram colocados ao lado dos mesários. Em alguns locais de votação, havia tótens com álcool em gel, como foi o caso do Colégio Henrique de La Rocque, na Rua do Passeio, centro da capital. No entanto, muitos eleitores passavam direto e não se atentavam para essa necessidade. “Nossa, nem prestei atenção que tinha esse álcool ai, até porque entrei depressa, mas ainda bem que não peguei nenhuma fila, pois está bastante tranquilo e rápido”, disse o servidor público Jurandir Rocha.

Em algumas seções eleitorais, um membro da equipe se posicionava na porta e oferecia álcool em gel a quem chegava para votar. Nas seções, o Tribunal Regional Eleitoral orientou os eleitores a manterem o distanciamento mínimo de 1 metro entre si, conforme marcação das fitas adesivas no chão. Apesar do esforço, quase ninguém obedeceu e o distanciamento não foi seguido como deveria. Era proibido, ainda, se alimentar, beber ou fazer qualquer atividade que exigisse a retirada do item de proteção individual.

Apesar do horário das 7h às 10h ter sido escolhido como prioritário para pessoas idosas, eleitores jovens saíram cedo de casa para votar. Nas seções sem filas, não houve problemas, mas naquelas como movimentação mais intensa, jovens e anciãos se misturavam como em pleitos de anos anteriores. “Ninguém presta atenção nas coisas. Eles passaram vários dias informando isso, que era para deixar esse horário para os idosos, mas não adiantou. Ficou essa mistura. O idoso que vem sozinho, por exemplo, acaba ficando vulnerável e desorientado”, indignou-se a professora Maria José Magalhães, que votou no Santa Teresa.

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