Efeito pandemia

Maranhão perdeu 2.212 vagas de emprego formal no 1º semestre

Segmentos mais impactados no estado, foram o comércio, que perdeu 3.488 postos; a construção civil 1.641 vagas; e a indústria, 330 postos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h19
Queda no mercado de trabalho maranhense é consequência da crise do novo coronavírus na economia
Queda no mercado de trabalho maranhense é consequência da crise do novo coronavírus na economia (emprego)

São Luís - Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados ontem (28) pelo Ministério da Economia, mostram que o mercado de trabalho do Maranhão perdeu 2.212 vagas de emprego formal (com carteira assinada) no primeiro semestre deste ano. No período foram 67.198 admissões contra 69.410 desligamentos.

desempenho ruim na oferta de vagas de emprego no Maranhão ainda é resultado da crise do novo coronavírus, que impactou sobremaneira na economia a partir da suspensão de atividades, medida adotada pelo poder público como prevenção à Covid-19. Tanto que no ápice da crise – entre março e maio – foram fechados 8.836 postos de trabalho no estado. Foram 6.248 somente no mês de abril.

O resultado só não foi pior porque nos dois meses anteriores à crise (janeiro e fevereiro), o Maranhão registrou a criação de 2.717 novos postos de trabalho e, agora, com a retomada das atividades, em junho, foram gerados 3.907 empregos com carteira assinada no estado.

No primeiro semestre de 2020, os segmentos mais impactados na oferta de emprego foram comércio, que perdeu 3.488 postos; construção, com eliminação de 1.641 vagas; e indústria, com 330 postos fechados. Em compensação o setor de serviço gerou 2.732 vagas e a agropecuária, mais 515.

Brasil
Os números do Caged mostram que, em junho, o mercado formal de trabalho brasileiro apresentou melhora em relação a maio. Junho teve 16% menos desligamentos (166.799) e 24% mais admissões (172.520) do que maio. Com isso, o saldo do mês ficou negativo em 10.984 vagas, número inferior ao registrado em maio (-350.303). Em junho, foram 895.460 admissões e 906.444 desligamentos. Em maio, os números foram 722.940 e 1.073.243, respectivamente.

Com relação a abril, pior mês em termos das admissões, houve um incremento de 43% e queda de 41% nas demissões. No acumulado do ano, o saldo do emprego formal fechou o primeiro semestre negativo em 1.198.363, resultado de 6.718.276 admissões e 7.916.639 desligamentos. A quantidade total de vínculos ativos com carteira assinada ficou em 37.611.260. E o salário médio de admissão em junho foi de R$ 1.696,92.

Setores
A agropecuária foi o setor com o melhor desempenho, com a abertura de 36.836 novas vagas, seguido pela construção civil que registrou um saldo positivo de 17.270 postos de trabalho. Comércio e serviços registram saldos negativos com o fechamento de 16.646 e 44.891 vagas, respectivamente.
Entre as regiões, Centro-Oeste, Norte e Sul tiveram resultados positivos, com saldos de 10.010, 6.547 e 1.699, respectivamente. O pior resultado foi o da região Sudeste que fechou o mês com menos 28.521 vagas. Já no Nordeste o saldo ficou negativo em 1.341.

Entre as Unidades da Federação, o melhor resultado foi registrado em Mato Grosso com a abertura de 6.709 postos de trabalho. Em contrapartida, o pior resultado foi no Rio de Janeiro que em junho registrou o fechamento de 16.801 vagas.

Benefício emergencial
Durante a apresentação dos dados do Caged, o contador em tempo real do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) ultrapassou o significativo número de 15 milhões de acordos entre empregadores e empregados, para preservação dos postos de trabalho no país.
Presente à coletiva de divulgação dos dados do Caged, o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, ressaltou que os 15 milhões de acordos já beneficiaram cerca de 10 milhões de trabalhadores. De acordo com ele, antes do envio da Medida Provisória 936/2020, em abril, as projeções mostravam que, se nada fosse feito para preservar os empregos e a renda, o Brasil poderia chegar a 12 milhões de demissões ao longo da pandemia da covid-19.

Mais

A modalidade trabalho intermitente teve saldo positivo de 5.223 empregos, resultado de 11.848 admissões e 6.625 desligamentos. Setenta e nove trabalhadores tiveram mais de um contrato intermitente.

Com 5.889 admissões em regime de tempo parcial e 11.461 desligamentos, o trabalho em regime de tempo parcial teve resultado negativo (-5.572). Dezenove trabalhadores celebraram mais de um contrato em regime de tempo parcial.

“Com as ações que tomamos, sobretudo a formulação do BEm, ao invés de termos 12 milhões de demitidos, preservamos o emprego de cerca de 10 milhões de pessoas, o que representa um terço de todos os trabalhadores que atuam em regime de CLT no país”, comparou, acrescentando que, por todos os prismas que se observa, o BEm pode ser considerado um sucesso.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.

Em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) - Lei nº 13.709/2018, esta é nossa Política de Cookies, com informações detalhadas dos cookies existentes em nosso site, para que você tenha pleno conhecimento de nossa transparência, comprometimento com o correto tratamento e a privacidade dos dados. Conheça nossa Política de Cookies e Política de Privacidade.