Há 25 anos, ele vive atrás das lentes em busca do ângulo perfeito. É movido pelo amor a uma profissão cuja essência é eternizar momentos. O fotógrafo Meireles Jr. é um profissional de alto gabarito. Prova disso é que já foi premiado por diversos projetos e assinou aclamadas exposições em diversos estados e países. Seus trabalhos foram expostos, por exemplo, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e na Galeria Saphira Ventura, em Nova York (EUA). Além disso, seus criativos cliques foram vistos em países da Europa, entre eles, França e Portugal.

Dedicado e cuidadoso no que faz, ele já tem credenciais para receber o título de “embaixador das belezas do Maranhão”. A cada projeto, busca imprimir uma marca pessoal. Por trás de suas lentes, pulsa um coração que bate na cadência de sua sensibilidade. Os registros de Meireles revelam alguém que enxerga o que muitos não se dão conta ou aqueles detalhes que poderiam passar despercebidos.

“Acima de tudo, busco deixar um legado por meio de imagens. Tenho diversos registros históricos, a exemplo do antes e depois da Península da Ponta d’Areia. Fotografei aquele cenário sem nenhum prédio e, também, registrei como ele ficou após o boom imobiliário. Isso é poder contar uma história com imagens”, diz.

Emoção

Sejam paisagens ou pessoas, a preocupação de Meireles é a mesma: tentar alcançar a excelência e traduzir, em imagens, a emoção de um momento, de um lugar, de um povo e por aí vai. O trabalho que ele faz também está documentado em livros. Seu mais recente é intitulado “Manguezais: Raízes Maranhenses”, concluído em dois anos e que apresenta registros de diversas regiões geográficas do Maranhão onde estão concentradas as maiores reservas de florestas de mangue.

O livro contém textos em inglês e português descrevendo as características e a relevância dos manguezais na natureza. A obra é a sétima de sua autoria e conta com patrocínio via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.

As fotos começaram a ser tiradas no “quintal” do fotógrafo, nas proximidades de uma área de mangue na Lagoa da Jansen, ponto de partida para as demais explorações. Com os pés na lama e o olhar no futuro, ele chama a atenção para a urgência de se redescobrir, valorizar e preservar esse rico ecossistema.

“É um registro valioso voltado para um dos ecossistemas mais importantes do Brasil. É um projeto que encontrou parceiros sensíveis à causa do meio ambiente, que apostam no meu trabalho para que eu consiga, por meio de livros e exposições especiais, mostrar as nossas riquezas para o Brasil e o mundo”, agradece.

Meireles Jr. é formado em Design de Interiores e foi durante esse curso, devido à necessidade de registrar seus projetos e os dos colegas de aprendizado, que a fotografia surgiu em sua vida. Como designer, entre outras coisas, ele criou uma cadeira de praia, a “Olho D’Água Beach”, que precisava ser inscrita em um concurso internacional. Foi quando as fotos do produto acabaram sendo premiadas. Desde então, ele não parou mais.

Tenho diversos registros históricos, a exemplo do antes e depois da Península da Ponta d’Areia. Fotografei aquele cenário sem nenhum prédio e, também, registrei como ele ficou após o boom imobiliário”

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