Ação policial

Itália apreende míssil e armas em operação contra grupos neonazistas

As buscas eram parte de uma operação contra militantes de extrema direita suspeitos de lutar com grupos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Míssil apreendido pela polícia italiana em operação contra grupos neonazistas
Míssil apreendido pela polícia italiana em operação contra grupos neonazistas (AFP)

ROMA — O esquadrão antiterrorista da polícia italiana apreendeu um grande arsenal de armas e um míssil antiaéreo em operações contra grupos neonazistas nesta segunda-feira. O armamento foi encontrado durante buscas realizadas em propriedades no norte da Itália, nas proximidades de Turim. A ação policial faz parte de uma investigação sobre italianos que lutaram ao lado de grupos separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia.

Durante a batida policial, foi descoberto um míssil francês Matra que previamente pertencia às Forças Armadas do Qatar. Testes subsequentes indicaram que o armamento estava em condições de funcionamento, mas não possuía carga explosiva. Também foram apreendidos materiais de propaganda neonazistas.

Entre os armamentos apreendidos estavam 26 armas, 20 baionetas, 306 partes de armas, incluindo silenciadores, e mais de 800 munições de calibres diferentes. As armas eram majoritariamente alemãs, austríacas e americanas.

Três homens foram presos, dois deles nas proximidades do aeroporto de Forli. Um dos detidos foi identificado pela imprensa italiana como Fabio Del Bergiolo, um funcionário da alfândega que concorreu ao Parlamento pelo Forza Nuova, partido de extrema direita. Segundo a BBC, os outros dois seriam o suíço Alessandro Monti e o italiano Fabio Bernardi.

Segundo a polícia, os suspeitos tentaram vender os mísseis em conversas pelo WhatsApp.

Os conflitos entre separatistas russos e forças ucranianas já mataram mais de 10 mil pessoas desde 2014. As tensões na região continuam altas, mas disputas militares mais sérias não acontecem há mais de um ano.

No início do mês, um tribunal em Genebra ordenou a prisão de três homens que lutaram ao lado de separatistas russos, que controlam boa parte dos territórios ucranianos de Donetsk e Luhansk. Na ocasião, o italiano Antonio Cataldo e o albanês Olsi Krutani foram sentenciados a dois anos e oito meses de prisão. O terceiro homem, Vladimir Vrbitchii, cidadão da Moldávia, recebeu pena de um ano e quatro meses de detenção.

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