Assange apresenta sintomas de ter sofrido tortura psicológica

Fundador do WikiLeaks foi visitado na prisão por especialista ligado às Nações Unidas; ele pode ser extraditado para os Estados Unidos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, no dia em que foi preso na embaixada do Equador em Londres
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, no dia em que foi preso na embaixada do Equador em Londres (AFP)

LONDRES - Julian Assange apresenta todos os sintomas de tortura psicológica, a qual esteve exposto durante vários anos, afirmou na sexta-feira,31, o Relator Especial da ONU sobre a Tortura, que o visitou com médicos na prisão.

"Assange foi exposto de forma deliberada, durante vários anos, a formas graves de penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, cujos efeitos acumulativos só podem ser descritos como tortura psicológica", afirmou em um comunicado Nils Melzer, especialista independente da ONU e professor de direito internacional.

Assange, o fundador do WikiLeaks, está preso na Inglaterra. Ele pode ser extraditado para os EUA, onde enfrenta 18 acusações criminais –a maioria dela é de espionagem.

Havia uma audiência marcada para quinta,30, na Justiça britânica em que Assange iria depor, mas foi adiada.

Assange, 47, viveu por sete anos na embaixada do Equador em Londres, onde foi preso em 11 de abril, depois que o governo de Quito retirou o asilo e a nacionalidade equatoriana.

A Suécia reabriu uma investigação de 2010 por estupro contra o australiano e pode apresentar seu próprio pedido de extradição.

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