Potência

Trump diz que forças militares dos EUA na Ásia são ''temíveis''

Presidente americano afirma que Estados Unidos permanecerão como a principal potência militar do planeta e reforça papel do Japão como parceiro estratégico na Ásia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Presidente americano Donald Trump cumprimenta militares americanos na base naval dos EUA de Yokosuka, Japão
Presidente americano Donald Trump cumprimenta militares americanos na base naval dos EUA de Yokosuka, Japão (AFP)

TÓQUIO - No último dia de uma visita oficial ao Japão, o presidente americano Donald Trump afirmou que as forças militares dos Estados Unidos na região são “temíveis”, e que nenhum país do mundo possui a mesma capacidade ou os mesmos equipamentos. As declarações, vistas como um recado direto à China , foram feitas a bordo do navio de assalto USS Wasp, ancorado na base naval de Yokosuka.

Trump afirmou que os EUA jamais perderão o status de maior potência militar do planeta. Ele ainda elogiou os mais de 70 mil militares americanos baseados no leste da Ásia, dizendo que eles enfrentam os desafios de segurança regional com “uma coragem inigualável”.

O presidente deixou claro que a Casa Branca considera o Japão um aliado estratégico na Ásia. Um exemplo é o apoio dos EUA aos planos de transformar um navio de transportes de helicópteros, o JS Kaga, em um porta-aviões. A bordo estarão alguns dos 105 caças de quinta geração F-35, de fabricação americana, encomendados pelo governo.

Oficialmente os militares japoneses, conhecidos como Forças de Autodefesa, podem apenas atuar na defesa contra agressões estrangeiras. Mas, nos últimos anos, a interpretação das leis vem sendo alterada, com forças atuando em conflitos bem longe de suas fronteiras, como no Afeganistão.

China

No caso da China, a preocupação é com os avanços tecnológicos, o que levou o governo japonês a priorizar os investimentos em pesquisa e equipamentos nas diretrizes de segurança nacional.

Além de discursos militares, a viagem de Trump ao Japão trouxe poucos resultados práticos. Havia expectativa de uma discussão sobre as relações comerciais entre os dois países, vistas como “desequilibradas” pela Casa Branca. Mas os presidentes concordaram em adiar medidas para o setor até julho, quando acontecem as eleições legislativas no Japão.

De concreto, apenas um mal-estar causado pelo presidente Trump na segunda-feira, 27. Ele disse que um recente lançamento de mísseis norte-coreanos não violou as resoluções da ONU ou representou um risco imediato, contradizendo seus próprios assessores e o anfitrião Shinzo Abe.

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