Mário Menezes - Oftalmologista e professor

Um dedicado guardião da visão

Ele é jovem, cuidadoso e seu trabalho é voltado para o tratamento do glaucoma, doença que, até 2020, deverá atingir cerca de 80 milhões de pessoas em todo o mundo

Evandro Jr. / O Estado do Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26
Médico e professor Mário Menezes com equipamentos em consultório
Médico e professor Mário Menezes com equipamentos em consultório

SÃO LUÍS - Ele tem sido incansável na luta para conscientizar as pessoas sobre a detecção precoce de uma doença considerada uma das maiores causas de cegueiras do mundo. O oftalmologista Mário Menezes, formado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), é um guardião da visão e um profissional cuidadoso e dedicado na profissão que escolheu.

Especialista em glaucoma (Unicamp), ele se destaca como umas das maiores autoridades nesse assunto no Maranhão.

Professor do Departamento de Oftalmologia da UFMA, o jovem Mário Menezes, 38 anos, também é membro titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Sociedade Brasileira de Catarata e Refrativa e da Sociedade Brasileira de Glaucoma. Atualmente, é presidente da Associação Maranhense de Oftalmologia.

Mário Menezes é presidente da Associação Maranhense de Oftalmologia
Mário Menezes é presidente da Associação Maranhense de Oftalmologia

Em fevereiro, o maranhense inaugurou uma clínica com foco especializado no tratamento e diagnóstico dessa doença. Afinal, muito tem-se engajado em campanhas de alerta sobre o glaucoma, principalmente para estimular o tratamento o mais rápido possível, haja vista que, segundo ele, mais de 12% dos casos de cegueira no mundo são provocados por essa moléstia. Este ano, entre outros eventos, ele participou da II Convenção do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, evento realizado em São Paulo, capital com programações periódicas que destacam esse assunto.

“Essa doença dos olhos é caracterizada pela perda progressiva do campo visual. No Brasil, a estimativa é que tenha cerca de um milhão de casos da doença, com incidência de 2% a 3% na população acima de 40 anos”, informa ele, citando dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

No Brasil, o cálculo prevê cerca de um milhão de casos de glaucoma, e destes, metade desconhecem ter a doença”

Estimativa
Mário Menezes revela que, desse total, um milhão de casos, 50% ou mais, desconhecem ter a doença. “Para 2020, a estimativa é que o glaucoma atinja 80 milhões de pessoas em todo o mundo”, lamenta, explicando que a forma mais comum da doença é silenciosa e não apresenta sintomas.

“É por isso que consultas oftalmológicas regulares são fundamentais para a detecção precoce, o que pode evitar a progressão da doença e complicações mais graves. Se não for diagnosticada e tratada a tempo, o glaucoma pode levar à cegueira. Hoje, os tratamentos disponíveis não são capazes de reverter o comprometimento da visão provocado pela doença, mas sim, de barrar que ela evolua mais ainda. E o tratamento é fator decisivo para promover a qualidade de vida e bem-estar desse paciente”, frisa.

Diariamente em seu consultório, diagnosticando e orientando sobre o tratamento, o oftalmologista sempre alerta sobre os fatores de risco, que podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Entre esses fatores, ele destaca a pressão intraocular elevada, idade acima dos 60 anos ou acima dos 40 anos, para o caso de glaucoma agudo, histórico familiar, doenças no olho, como alguns tumores, descolamento de retina, inflamações, entre outros.

“Além desses, há fatores como diabetes, problemas cardíacos, hipertensão e hipertireoidismo”, alerta.

O tratamento adequado e contínuo do paciente é fator decisivo para que a doença não avance”

Fique por dentro

Sobre o glaucoma

O glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico que leva a um dano irreversível das fibras nervosas e, consequentemente, perda de campo visual. Essa lesão pode ser causada por um aumento da pressão ocular ou uma alteração do fluxo sanguíneo na cabeça do nervo óptico.

É considerado como a principal causa de cegueira irreversível no mundo, e isso ocorre por ser um quadro que não apresenta sintomas em grande parte dos casos. A doença pode estar presente e a pessoa não percebe causando uma piora do quadro e progressivamente uma lesão irreversível do nervo que, por sua vez, afeta o campo de visão.


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