Cargo de presidente

Assembleia Nacional declara Nicolás Maduro ''usurpador''

Atual presidente do Parlamento, Juan Guaidó se declarou presidente interino do país; declaração, segundo a EFE, abre possibilidade para que funcionários, policiais e integrantes das Forças Armadas tenham respaldo legal para desobedecer Maduro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
(O presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro, é rejeitado pela comunidade internacional)

CARACAS - A Assembleia Nacional da Venezuela declarou Nicolás Maduro "usurpador" do cargo de presidente da república, ontem (15). O Parlamento é controlado pela oposição e presidido por Juan Guaidó – que se declarou presidente interino do país pouco depois de o chavista tomar posse do cargo.

Na prática, isso significa que a Assembleia assumirá como "juridicamente ineficaz" a Presidência exercida por Maduro. Além disso, os atos do Poder Executivo venezuelano ficam anulados, segundo a agência EFE.

A declaração, segundo a EFE, abre possibilidade para que funcionários, policiais e integrantes das Forças Armadas tenham respaldo legal para desobedecer o regime de Maduro.

Os parlamentares também consideram pedir a dezenas de governos estrangeiros que congelem contas bancárias controladas pelo governo de Nicolás Maduro, segundo documentos obtidos pela Reuters. A medida se estenderia aos EUA e a países da União Europeia, além de vizinhos como o Brasil.

Posse contestada

Nicolás Maduro tomou posse na quinta-feira passada (10). A oposição política venezuelana e diversos países – entre eles, os Estados Unidos, o Canadá e os membros do Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte – não reconhecem a legitimidade do novo mandato de Maduro.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) também declarou, no dia da posse, que não reconhece o governo do socialista.

Além disso, nesta terça-feira, fontes disseram à rede de televisão CNN que o governo de Donald Trump estuda reconhecer Guaidó como presidente legítimo da Venezuela.

Guaidó chegou a ser preso, no domingo (13), por agentes do serviço de inteligência venezuelana, que o liberaram minutos depois. Depois do incidente, o regime de Maduro prometeu punir os responsáveis pela prisão do opositor.

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