Decisão

EUA: Trump rejeita proposta para reabertura temporária do governo

Governo está parcialmente paralisado há quase um mês por falta de acordo sobre o orçamento que incluiria obra do muro na fronteira com o México

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Presidente dos EUA, Donald Trump, embarca para Nova Orleans e fala sobre paralisação do governo
Presidente dos EUA, Donald Trump, embarca para Nova Orleans e fala sobre paralisação do governo (Reuters)

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que rejeitou uma proposta de um aliado republicano no Senado para que ele reabra temporariamente partes fechadas do governo. A medida serviria para permitir a retomada das negociações sobre o impasse do financiamento.

Ao deixar a Casa Branca antes de uma viagem ao estado de Louisiana, Trump disse a repórteres que não concorda com a proposta do senador republicano Lindsey Graham de reabrir o governo por três semanas.

Se as negociações fracassarem nesse período, disse Graham no domingo, então Trump deve ir em frente e declarar uma emergência nacional para contornar o Congresso e conseguir o dinheiro para o muro na fronteira entre EUA e México – o ponto que desencadeou a paralisação em 22 de dezembro.

Trump tem mantido em aberto a possibilidade de declarar uma emergência nacional caso não consiga um acordo com parlamentares. Ele disse nesta segunda-feira que não está procurando tomar essa ação.

'Shutdown' no governo

O governo federal está parcialmente paralisado por uma demanda de Trump para que uma lei de gastos inclua 5,7 bilhões de dólares para construir um muro ao longo da fronteira com o México, como prometido por ele durante sua campanha. Democratas se recusaram a prosseguir com negociações até que o governo seja reaberto.

Nega relação com a Rússia

Trump, assegurou ontem ( 14) que "nunca trabalhou para a Rússia". A declaração foi dada após as revelações do jornal "The New York Times" sobre a abertura em 2017 de um inquérito pelo FBI para determinar se ele agiu em nome de Moscou. "Eu nunca trabalhei para a Rússia", declarou.

"Eu acho uma vergonha que vocês façam esta pergunta", acrescentou ele antes de voar para Nova Orleans, Louisiana. De acordo com o NYT, a investigação do FBI (a Polícia Federal norte-americana), começou depois de o presidente demitir o então diretor da agência, James Comey, em maio de 2017. A reportagem do jornal diz que as autoridades investigam se a demissão de Comey foi uma ameaça à segurança nacional.

A investigação do FBI foi rapidamente absorvida pela do procurador especial Robert Mueller sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016. "As pessoas que lançaram esta investigação (...) o fizeram, eu imagino, porque eu demiti Comey, o que foi ótimo para o nosso país", disse Trump.

Trump e a Rússia

Perguntado sobre as informações do jornal "The Washington Post" de que ele procurou esconder os detalhes de suas conversas com seu colega russo, Vladimir Putin, o presidente norte-americano negou ter feito isso. "Eu não sei nada sobre isso, é um monte de Fake News (...) Foi um encontro de sucesso", afirmou, aparentemente referindo-se à cúpula de Helsinque em julho de 2018 com Putin.

Após esse encontro, Trump também provocou críticas, mesmo em seu próprio campo, por ter sido particularmente conciliador em relação a Putin em uma coletiva de imprensa conjunta.

Trump nega categoricamente o conluio com a Rússia e critica regularmente a investigação de Mueller, chamada por ele de "caça às bruxas". A investigação, que ainda está em andamento, resultou em múltiplas acusações e condenações, particularmente de ex-colaboradores próximos do presidente.

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