Defesa

Caracas e Moscou farão manobras militares para eventual defesa

Pilotos e outros integrantes da Força Aérea russa foram recebidos na capital venezuelana pelo ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27

CARACAS - As Forças Aéreas de Rússia e Venezuela farão manobras conjuntas para a eventual defesa do país sul-americano, cujo governo denuncia planos dos Estados Unidos para atacá-lo militarmente, anunciou ontem o ministro da Defesa venezuelano, general Vladimir Padrino López.

"Devemos dizer ao povo da Venezuela e ao mundo inteiro que assim como estamos cooperando em diversas áreas de desenvolvimento para ambos os povos, também estamos nos preparando para defender a Venezuela até o último palmo quando for necessário", disse Padrino, ao receber uma centena de pilotos e pessoal russo, que chegaram a Caracas a bordo de várias aeronaves militares.

"Vamos fazer isto com nossos amigos porque temos amigos no mundo que defendem as relações respeitosas de equilíbrio, de equilíbrio entre os Estados", acrescentou.

O Exército russo anunciou em Moscou que a frota inclui dois bombardeiros Tu-160, um avião de transporte An-124 e um avião de passageiros Il-62, sem especificar o motivo do deslocamento, nem o tempo que planejam permanecer em território venezuelano.

Padrino lembrou que estas aeronaves já estiveram na Venezuela em 2013, mas que agora se trada de uma nova experiência. O oficial tampouco detalhou quanto tempo os exercícios vão durar, os quais definiu como "intercâmbios de voos operacionais (...) para elevar o nível de interoperacionalidade dos sistemas de defesa aeroespacial" dos dois países.

No aeroporto internacional de Maiquetía, que atende a Caracas, Padrino destacou que as manobras se enquadram na cooperação binacional, como parte da qual a Rússia vendeu à Venezuela centenas de milhões de dólares em equipamento militar nos últimos anos.

"Que ninguém no mundo tema a presença destes aviões logísticos caça-bombardeiros estratégicos que chegaram a território venezuelano. Nós somos construtores da paz e não da guerra", disse.

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