Pelo assassinato de Khashoggi

Alemanha impõe proibições de viagem a 18 sauditas

Anúncio foi feito ontem pelo Ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, no Twitter. Grã-Bretanha e França também aderiram à sanção

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, foi assassinado
Jamal Khashoggi, jornalista crítico ao governo da Arábia Saudita, foi assassinado (Reuters)

BERLIM - A Alemanha impôs proibições de viagem a 18 sauditas suspeitos de envolvimento no assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. As sanções foram impostas em conjunto com a Grã-Bretanha e a França, de acordo com anúncio feito ontem pelo Ministro das Relações Exteriores alemão, Heiko Maas, em sua conta no Twitter.

"No caso Khashoggi, ainda temos mais perguntas do que respostas. Tomamos uma decisão coordenada com a França e a Grã-Bretanha. A Alemanha iniciou procedimentos para impor proibições de entrada a 18 cidadãos sauditas possivelmente ligados ao crime", diz o tuíte.

De acordo com a agência de notícias Reuters, uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país afirmou que não poderia nomear os indivíduos, por causa das leis de privacidade da Alemanha.

O caso

Khashoggi, jornalista saudita crítico do governo de Riad, foi morto no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no início de outubro. Na última sexta (16), o jornal "The Washington Post", com o qual o saudita colaborava, publicou que a CIA concluiu que ele foi morto por ordem do príncipe Mohammed bin Salman.

Segundo a Arábia Saudita, a morte de Khashoggi, que teria se envolvido em uma briga dentro do consulado, foi um "erro sério" e o príncipe bin Salman não sabia da operação. Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou a avaliação da CIA como "prematura, mas possível".

O corpo do jornalista ainda não foi encontrado. Mais de um mês depois da morte do jornalista, a Turquia tenta manter pressão sobre a Arábia Saudita, para que esclareça o caso. O governo turco diz que um grupo de 15 pessoas está envolvido na morte de Khashoggi, que foi desmembrado.

No domingo (18), o ministro turco da Defesa, Hulusi Akar, disse que os responsáveis podem ter saído da Turquia com as partes do corpo de Khashoggi.

"Uma possibilidade é que eles tenham deixado o país de três a quatro horas após o assassinato. Eles podem ter levado o cadáver desmembrado de Khashoggi dentro da bagagem sem enfrentar problemas devido à imunidade diplomática", disse Akar, citado pela CNN.

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