Eleição presidencial

PTB vai com Jair Bolsonaro e PSB, com Haddad no 2º turno

Direção nacional das legendas anunciaram posição ontem sobre a eleição presidencial; outras siglas como PR, PP e Novo decidiram ficarem neuros neste segundo turno liberando seus militantes para decidirem sobre posição

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Fernando Haddad do PT já tem o apoio de três legendas; Bolsonaro somente o PTB já declarou apoio
Fernando Haddad do PT já tem o apoio de três legendas; Bolsonaro somente o PTB já declarou apoio (Bolsonaro Haddad)

BRASÍLIA

Os partidos já estão se definindo quanto a posição que adotarão no segundo turno da eleição presidencial que terá na disputa Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Por enquanto, o PTB declarou apoio a Bolsonaro e o PSB, PPL e PSOL declararam apoio ao petista. Outras legendas como PP, PR e Novo preferiram a neutralidade.
O PTB reuniu a direção nacional n tarde de ontem e emitiu nota declarando apoio a candidatura de Jair Bolsonaro. Segundo a nota, as propostas econômicas do candidato do PSL são o principal motivo do apoio.
Também manifestou posição ontem a direção nacional do PSB. Os integrantes da Executiva Nacional do PSB decidiram nesta terça-feira, 9, que a sigla apoiará oficialmente Fernando Haddad, do PT, no segundo turno da eleição presidencial. Os diretórios do Distrito Federal e de São Paulo, no entanto, foram liberados para se posicionarem de forma independente.
Ao anunciar a decisão, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, afirmou, no entanto, que o partido cobrará de Haddad a formação de uma frente democrática envolvendo, além de partidos políticos, atores da sociedade civil.
“No momento difícil que vive o país, queremos que a candidatura se transforme em uma frente democrática. Não estamos apoiando o candidato do PT, mas sim quem vai liderar essa frente para defender a democracia”, afirmou Siqueira.
Haddad já tinha o apoio declarado do PSOL e do PPL.
Já o Partido da República (PR) liberou seus parlamentares para apoiar qualquer um dos candidatos a presidente da República no segundo turno das eleições. No comando do PR, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão, comunicou aos parlamentares sobre a decisão de neutralidade, depois de participar de reunião na segunda-feira, 8, com outros dirigentes de partidos do Centrão (DEM, PP, PRB e Solidariedade), que estavam coligados ao tucano Geraldo Alckmin, derrotado no primeiro turno.
"Valdemar já autorizou a liberação em todos os Estados. Cada parlamentar apoia quem achar que deve", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA), reeleito na Bahia e apoiador de Haddad. O PR tem atualmente 40 parlamentares na Casa e elegeu 33 para a próxima legislatura.
Outros partidos como Novo, DC e PP tiveram a mesma posição do PR. A direção do PP divulgou um documento ontem em que declara que manterá postura de “absoluta isenção e neutralidade” no segundo turno.

Novo contra o PT

O Novo, que concorreu no primeiro turno com João Amoêdo, confirmou também ontem que não vai apoiar nem Fernando Haddad (PT) nem Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, a sigla declarou, em nota aos militantes, que é “absolutamente” contrária ao PT, que, segundo o Novo, “tem ideias e práticas opostas às nossas”.

Petista acena para Ciro em busca de apoio

Fernando Haddad, fez um aceno a Ciro Gomes (PDT), que teve 13,3 milhões de votos no primeiro turno da eleição presidencial. Para Haddad, os programas do PT e de Ciro estão muito afinados. "As diretrizes são as mesmas. Não há incompatibilidade entre nossos programas. Nós defendemos a soberania popular, nacional, e eles também. Não há muita dificuldade em dar um passo adiante", afirmou o petista, após reunião com governadores do Nordeste.
O petista afirmou também que ontem recebeu o ex-ministro Roberto Mangabeira Unger, conselheiro de Ciro, e afirmou a ele que estaria aberto a receber propostas.
"Aproveito aqui para mandar um abraço ao Ciro Gomes, um democrata que se comprometeu em lutar contra o fascismo. Ele tem uma longa trajetória de serviços prestados ao povo brasileiro", disse.

Direção do PSDB define pela neutralidade, mas Doria apoia Bolsonaro no 2º turno

São Paulo

O presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, informou ontem que o partido não apoiará Jair Bolsonaro nem Fernando Haddad no segundo turno da eleição presidencial.
O anúncio foi feito por Alckmin após reunião da Executiva Nacional do PSDB. Ex-governador de São Paulo, ele disputou a eleição presidencial e ficou em quarto lugar – recebeu 5.096.349 votos (4,76%).
Segundo Alckmin, a cúpula do PSDB decidiu liberar os diretórios estaduais da legenda e os filiados para fazer a escolha que quiserem.
Antes da reunião, o candidato tucano ao governo de São Paulo, João Doria, que disputa o segundo turno contra Márcio França (PSB), defendeu que o partido tomasse uma posição diferente da neutralidade.
Doria já anunciou que apoiará Jair Bolsonaro no segundo turno. Ontem, ele repetiu o posicionamento.
“Eu tomei a minha posição com clareza. Voto e apoio Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições. Contra Lula, contra o PT e contra Fernando Haddad. De forma muito clara”, afirmou.
Doria chamou o candidato petista de “fantoche” e declarou que tem um “projeto liberal, que vem sendo defendido pelo candidato Bolsonaro”.

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