Fraude

Ministra classifica de "desconectada da realidade" afirmação de Bolsonaro sobre urnas eletrônicas

Presidente do TSE garante que não há qualquer comprovação de indício de fraude nas urnas eletrônicas no Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h28
Rosa Weber classificou de "realidade desconectada" o que disse Jair Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas
Rosa Weber classificou de "realidade desconectada" o que disse Jair Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas (Ministra Rosa Weber durante julgamento no Supremo Tribunal Federal)

Brasília - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, teve uma reunião com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, nesta terça-feira, 18, para tratar do centro de inteligência, em Brasília, que vai coordenar ações de segurança no primeiro e segundo turno das eleições em todo o país, inclusive com o monitoramento da localização dos presidenciáveis em tempo real.

A ministra Rosa Weber aproveitou para fazer críticas as recentes declarações do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que disse haver possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas para beneficiar o candidato do PT, Fernando Haddad.

Weber defendeu a confiabilidade das urnas eletrônicas e disse que eventual crítica direcionada aos equipamentos pode ser "desconectada da realidade".

"Temos 22 anos de utilização de urnas eletrônicas. Não há nenhum caso de fraude comprovado. As pessoas são livres para expressar a própria opinião, mas quando essa opinião é desconectada da realidade, nós temos que buscar os dados da realidade. Para mim, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, as urnas são absolutamente confiáveis", afirmou Rosa Weber.

Centro

O centro começará a funcionar sete dias antes do primeiro turno da eleição, que acontece no dia 7 de outubro, e fechará alguns dias após o segundo turno, que acontece no dia 28 de outubro.

"Nós vamos saber online o que estará acontecendo, onde há conflitos, onde tem necessidade da PF estar lá", explicou Jungmann durante conversa com jornalistas.

Ele disse ainda que o centro acompanhará a localização dos candidatos à Presidência da República constantemente através de sistema de GPS que será colocado em pessoas próximas aos presidenciáveis e de integrantes da Polícia Federal responsáveis pela segurança.

Após o atentado ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), que foi esfaqueado, Jungmann afirmou que não houve nenhum problema até o momento com a segurança dos demais candidatos. "Não temos tido maiores notícias de problemas. Eu, inclusive, coloquei para a PF a necessidade de fazer informes periódicos da campanha, se candidato está seguindo normas de segurança, e isso também foi levado aos candidatos. Há maior preocupação tanto dos candidatos em cumprir regras de segurança, quanto das equipes."

Crime organizado

Jungmann disse que está sendo feita uma triagem e um levantamento em conjunto com o TSE para apurar possíveis candidatos financiados pelo crime organizado. "Não podemos permitir a formação de uma bancada do crime. E, se por acaso eles vierem a se eleger, vamos caçá-los e puni-los", disse Jungmann.

Ele não soube explicar, no entanto, quais seriam os critérios ou o embasamento jurídico para a definição deste tipo de candidato.

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