Eleições 2018

Analista do TJ que assina pesquisas eleitorais é alvo de reclamação formal

Segundo denúncia, Vitor Emmanuel Bouças não poderia atuar no ramo privado

OEstadoMA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29
Pesquisa da Exata foi questionada na Justiça e complicou servidor do TJ
Pesquisa da Exata foi questionada na Justiça e complicou servidor do TJ (Pesquisa)

Uma reclamação disciplinar protocolada nesta semana no Tribunal de Justiça do Maranhão pede punição ao estatístico que vem assinando pesquisas eleitorais realizadas pelo instituto Exata, amplamente divulgadas pelos aliados do governador Flávio Dino (PCdoB).

Segundo a ação, de autoria do advogado Thales de Andrade, Vitor Emmanuel Bouças da Silva, que tem avalizado os números dos levantamentos, é analista judiciário do TJ e, portanto, não poderia atuar dessa forma.

“A conduta do referido servidor é claramente ilegal e merece ser averiguada, na medida em que, sendo o mesmo analista judiciário, não poderia assinar pesquisas de cunho eleitoral, porquanto tal função é absolutamente divorciada de seu mister público”, destaca o advogado.

Ainda de acordo com o texto da reclamação, se permitisse a atuação privada do estatístico pertencente aos seus quadros, o Tribunal de Justiça também deveria permitir, por analogia, que analistas judiciários formados em direito atuassem como advogados.

“Pensar na direção da ilicitude da conduta do reclamado é abrir espaço para que analistas judiciários trabalhem, por exemplo, em escritórios de advocacia auxiliando advogados na confecção de peças jurídicas,o que vilipendiaria o núcleo do regime jurídico-administrativo adotado no direito brasileiro”, completou.

Bouças assina mais uma pesquisa do instituto Exata, que, segundo dados da Justiça Eleitoral, deve ser divulgado amanhã.

MAIS

Esse é o terceiro problema apontado em pesquisas favoráveis ao governador Flávio Dino (PCdoB). Na semana passada descobriu-se que a estatística que assinava pesquisas da Econométrica já faleceu – a família vai investigar se o nome dela foi utilizado indevidamente antes da morte, quando ela esteve numa UTI; além disso, há comprovação de ligações entre o dono do mesmo instituto e o Governo do Maranhão.

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