Seguindo a cartilha do marketing político, todos os candidatos ao senado e governo do estado trataram, ao modo de cada um, de apresentar suas histórias. Nenhum candidato arriscou fugir do lugar comum, bem como apresentar alguma proposta. O horário do senador Roberto Rocha, um dos postulantes ao cargo de governador, não foi ao ar. O fato causou certo rebuliço entre a classe política. Além dele, nenhum dos programas do PSOL foi ar.
SENADORES COMEÇAM
O deputado federal Weverton Rocha (PDT) iniciou o horário político local. Weverton mostrou cenas de sua infância, do bairro onde morava e alguns depoimentos. Entre eles um que atestava sua entrada na política aos 11 anos de idade. Eliziane Gama (PPS), companheira de chapa de Rocha, também contou sua história. Com um horário político com ares de superprodução, a deputada contou com uma participação do governador Flávio Dino.
A propaganda dos dois deveria ser seguida pela dos senadores do PSOL e PCO, mas a coligação Vamos Sem Medo de Mudar o Maranhão não enviou o horário. Bem como a coligação A coligação Renovação de Verdade, do PSL e do PRTB.
O deputado federal Sarney Filho e o já senador Edson Lobão optaram por horários mais diretos ao povo. Sem grandes recursos visuais ou intervenções de atores/figurantes, os dois narraram feitos de suas trajetórias políticas que, segundo os próprios, atestam competência e experiência necessárias para assumir o cargo de senador. Sarney Filho optou por uma filmagem externa ao lado da natureza, Já Lobão fez seu horário em uma espécie de escritório.
O deputado estadual Alexandre Almeida, da Coligação Coragem e União para Fazer o Maranhão Melhor, fez opção semelhante aos seus antecessores. Só que ao invés de tratar de sua história, fez severas críticas à atual política. O companheiro de chapa de Alexandre, José Reinaldo Tavares, não enviou o programa.
DEPUTADOS ESTADUAIS
A candidata Socorro Waquim foi a primeira candidata a aparecer na propaganda eleitoral de 2018. Os outros horários eleitorais, com raras exceções, seguiram o mesmo roteiro de eleições passadas. Falavam por poucos segundos enquanto números de suas coligações eram exibidos em vídeo.
A novidade ficou por conta da propaganda do PT, que contou com um vídeo do ex-presidente Lula, que está preso em Curitiba por corrupção, pedindo voto aos candidatos da sigla.
A ausência propaganda para deputados estaduais ficou por conta do PSL.
GOVERNO DO ESTADO
Flávio Dino (PCdoB) abriu a propaganda para o governo. Com imagens de seus discursos de posse, em que afirmava que o governo não iria mais perseguir os pobres, o governador repetiu parte de sua narrativa da eleição de 2014. Em certa medida o programa afirmou que após 50 anos o governo do Maranhão voltou a fazer obras.
O horário foi seguido pela candidata Maura Jorge (PSL), que usou seus pouco tempo de televisão com críticas bem-humoradas contra a atual política no estado.
A coligação Coragem e União para Fazer o Maranhão Melhor, do senador Roberto Rocha, não veiculou propaganda. Em contato com a assessoria, a reportagem apurou que aconteceram problemas técnicos. O mesmo foi constado com a propaganda eleitoral da coligação Vamos Sem Medo de Mudar o Maranhão, que tem como candidato Odívio Neto, do PCO e do PSOL.
A propaganda da ex-governadora Roseana Sarney alternou depoimentos próprios a imagens de sua história política ao lado de eleitores, fazendo inaugurações e durante seus mandatos como governadora. Roseana explicou as razões de tentar mais um mandato e falou que não concordava com o “discurso diferente da prática” da atual gestão.
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