Eleições 2018

Com Governo e partido alvo de escândalos, Flávio Dino passa a pré-campanha dando explicações

Comunista enfrenta escândalos da espionagem da PM a adversários, do desvio de recursos públicos na Saúde e da denúncia de lavagem de dinheiro do PCdoB

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Com tantos escândalos, Flávio Dino tem dedicado tempo para explicar as acusações contra seu partido, contra o governo e contra o próprio Dino
Com tantos escândalos, Flávio Dino tem dedicado tempo para explicar as acusações contra seu partido, contra o governo e contra o próprio Dino (Flávio dino)

SÃO LUÍS - Pré-candidato a reeleição para o comando do Poder Executivo, o governador Flávio Dino (PCdoB) tem enfrentado escândalos no âmbito do Governo do Estado e do partido político o qual é filiado no período da pré-campanha eleitoral.

E é justamente esse cenário que impõe ao comunista, a necessidade de dar explicações sobre graves denúncias, como a espionagem da PM a adversários políticos, o desvio de recursos públicos da Saúde – como apontou a Polícia Federal -, e o caso da lavagem de dinheiro do PCdoB na campanha eleitoral de 2014, já denunciada pelo PRP á procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Flávio Dino tem utilizado as redes sociais [twitter e facebook], para tratar dos temas. O seu partido político, o PCdoB e o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, também têm se posicionado sobre os temas.

Por conta disso, o pré-candidato pouco tem aproveitado o período da pré-campanha, para defender – no campo político – o seu projeto de reeleição. Na maior parte do tempo Dino tem precisado se posicionar sobre as denúncias de escândalo e a defender-se delas.

No mês de abril o vazamento inicial de dois memorandos do Comando de Policiamento do Interior da Polícia Militar (PM) do Maranhão, revelaram a existência de uma determinação da corporação em identificar todos os adversários do governador Flávio Dino que pudessem provocar “embaraços” nas eleições de outubro.

O monitoramento ganhou repercussão nacional e foi tratado como uma medida que fazia alusão ao período da ditadura militar.

Um terceiro memorando, o de número 114/2018, apresentava aos oficiais da PM, um “coordenador das eleições”, figura que era o encarregado de receber e catalogar todos os dados do monitoramento.

O documento foi assinado pelo coronel Zózimo Paulino da Silva Neto, comandante do CPI.

Depoimentos prestados pelo tenente Juarez Coelho Júnior e pela major Ana Paula, apontaram o coronel Heron Santos como o “coordenador das eleições” na estrutura da PM.

Heron é comunista e disputou as eleições 2014 a deputado estadual pelo PCdoB. O Governo sempre negou as acusações de ordem para monitoramento de adversários.

Saúde – Antes mesmo de ganhar repercussão nacional o caso da espionagem, Flávio Dino já enfrentava forte crise na estrutura da Saúde. O auxiliar de primeiro escalão e advogado do PCdoB no pleito de 2014, Carlos Lula, secretário de Estado da Saúde, é alvo de um inquérito da Polícia Federal, que apura irregularidades numa licitação e desvios de recursos públicos.

Dino, diante do caso, passou a atacar adversários políticos e a PF. O escândalo na saúde também ganhou repercussão nacional e ainda está sob a investigação da PF, que conduz o inquérito.

Carlos Lula tentou barrar as investigações no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas não obteve êxito.

Outro caso que tem abalado a pré-candidatura de Flávio Dino diz respeito a acusação, pelo PRP, de lavagem de dinheiro por parte do PCdoB nas eleições 2014.

A denúncia surgiu após o empresário Aldo Oberdan, proprietário da empresa Aldo Oberdan Pereira Montenegro-ME, a Aldoimagem, ter identificado que a empresa – cedida em 2014 a Carlos Alberto Miranda -, que possui relações com Marcio Jerry (PCdoB), ter prestado serviços ao PCdoB na campanha eleitoral daquele ano e com serviços informados à Justiça de R$ 1,300 milhão. Nas contas da produtora, contudo, foram depositados pelo partido político apenas R$ 500 mil.

A suspeita de lavagem de dinheiro está no destino ainda não esclarecido de mais de R$ 800 mil.

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