Editorial

Festas juninas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30

A Copa do Mundo começou ontem, deixando São Luís mais verde e amarela para torcer pelo Brasil. Mas o que mais se vê mesmo na Ilha, são as bandeirinhas coloridas dos arraiais, para as tradicionais festas juninas, quando são exaltados os três santos do mês de junho, por meio de danças populares, grupos folclóricos, muita dança, alegria, colorido e, é claro, com missas, procissões e demonstrações de fé e devoção.

No último dia 13, comemorou-se o Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, segundo a crendice popular. O festejo na igreja do mesmo nome começou no dia 1° e se encerrou no dia 13, com procissão no fim do dia, e muitas missas e distribuição de pães durante a manhã. Essa tradição é mantida há vários anos, e a alegação é que, quem dá e recebe o alimento, terá bonança e fartura o ano inteiro. Em geral, distribuem os pães as pessoas que estão pagando promessas por graças obtidas.

O próximo santo a ser festejado é São João, no dia 24. Os terreiros estarão repletos de brincadeiras, matracas, zabumbas e pandeirões entoando seu som característico em homenagem ao santo, que batizou Jesus Cristo. Na igreja do santo, na Rua da Paz, o festejo começa hoje e se estenderá até o dia 24. Este ano o tema da festa é “João Batista: Inspiração para todos os batizados testemunharem o Cordeiro de Deus!”, que se fundamenta naquilo que a Igreja Católica está vivendo para o ano de 2018, o ano do laicato, fazendo com que todos os leigos encontrem o seu papel cristão na sociedade, na comunidade e na família, a partir daquilo que eles experimentam no batismo e no seu sentimento de pertence à igreja.

O último dos três santos cultuados em junho, mas não menos importante, é São Pedro, no dia 29. Cuja tradição traz procissões terrestres e marítimas, por se tratar do protetor dos pescadores. Também manda a tradição, só esta exclusiva da Ilha, que os boieiros amanheçam o dia 29 diante da sua capela, na Madre Deus, próximo ao Anel Viário, rendendo graças ao santo. Grupos inteiros, levando o boi sobem as escadas e agradecem o mês de festas e fartura, pedindo que no resto do ano nada lhes falte e no próximo tudo seja melhor. Há apresentações e cenas emocionantes de fé no santo.

A partir do dia 20, com o tema: “São Pedro, servo de Deus, apóstolo da fé”, a capela dedicada ao santo realiza o festejo. Em mais um ano, a tradição da procissão marítima, que sai da Rampa Campos Melo - Praia Grande, é aguardada pelos devotos do santo. Com o lema: “Leigos em missão da vida das comunidades”, o festejo também adere aos ideais do ano laicato, para fortalecer o papel dos leigos e leigas na sociedade cristã.

Embora não seja conhecido e não figure na lista dos santos devotados de junho, São Marçal é lembrado no último dia do mês de junho. E entre grupos de bumba-meu-boi de matraca, sua estátua erguida na Avenida que já foi João Pessoa, mas hoje carrega o nome do santo, é saudada e celebrada durante todo o dia, no tradicional encontro de bois ao longo daquela via.

E quando encerra o mês de junho, com as lembranças boas das quadrilhas, danças portuguesas, cacuriás e danças do coco, grupos de bumba-meu-boi e tribos de índios, todo mundo se prepara para o próximo ano, porque a tradição não acaba, ela se renova e se mantém, garantindo à Ilha de São Luís a fama de ter uma das melhores festas juninas do Brasil.

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