Editorial

Coleta seletiva

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

São Luís está completando dois anos da implantação de Ecopontos. Com esses equipamentos a Prefeitura, que antes não tinha nenhuma política pública de coleta seletiva e reciclagem, passou a atender a demanda de 350 mil moradores, adequando-se não apenas às recentes legislações federais, mas também a uma discussão internacional quanto a diminuição dos impactos ambientais.

É sabido que a limpeza urbana representa um dos maiores gastos dos municípios brasileiros. Exatamente por isso ainda são poucas as prefeituras das mais de 5 mil cidades do país que têm investido de fato no cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Mas, mais que apenas atender a uma legislação federal, implantar políticas públicas de fortalecimento de práticas sustentáveis é perceber que a coleta seletiva e a reciclagem, dentro do portfólio de serviços de limpeza urbana oferecidos pelas prefeituras, não são um custo operacional, mas uma oportunidade de retorno econômico, social e ambiental.

Foi exatamente o que aconteceu em São Luís, e entendendo a importância e a necessidade de ampliação dessas políticas, 10 novos Ecopontos serão instalados na cidade, aumentando o número de bairros e moradores atendidos. Na outra ponta desta cadeia, as cooperativas que hoje recebem os materiais recicláveis entregues nestes equipamentos, terão galpões de triagem que vão melhorar sua capacidade de trabalho, aumentando o processamento de materiais e permitindo o encaminhamento do maior volume possível de resíduos para a reciclagem.

Mas para que esta conta feche sempre com saldo positivo é necessário que os moradores contribuam com este processo, fazendo o manejo correto do seu lixo domiciliar. O Município, por sua vez, mantém a coleta domiciliar, o funcionamento dos Ecopontos e constantes ações de educação ambiental. Falta à população adequar suas práticas à vontade administrativa de manter a cidade limpa.

Por meio da coleta seletiva reduz-se a geração de resíduos sólidos e amplia-se a reciclagem. Consequentemente menos lixo é colocado para o recolhimento pelo serviço de coleta domiciliar, reduzindo gradativamente os custos operacionais para a prestação deste tipo de serviço. Com menos lixo sendo descartado nas ruas a Prefeitura também precisará gastar menos com operações de limpeza e contenção de áreas usadas como pontos de descarte irregular.

A coleta seletiva evita ainda a disseminação de doenças e contribui para que os resíduos se encaminhem para os seus devidos lugares. Separar os resíduos entre plástico, metal, papel e orgânicos também contribui para acabar com poluições tóxicas que contaminam solos e águas de rios, trazendo malefícios imensuráveis ao longo do tempo. Prevenindo esses problemas desde já, reduz-se os gastos públicos, algo tão reclamado pela população.

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