Sujões

Descarte irregular de resíduos cria lixões na área Itaqui-Bacanga

Segundo moradores, a própria comunidade é responsável pelas irregularidades, mas cobram fiscalização da Prefeitura de São Luís

Monalisa Benavenuto / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31

Por toda a Avenida dos Portugueses, na área do Bacanga, podem ser observados pontos de descarte indevido de lixo. Segundo moradores, a própria comunidade é responsável pela situação, visto que a coleta de resíduos é regular na área.

Em um pequeno trecho da BR-135, podem ser detectados mais de sete pontos de descarte de lixo, produzidos pela própria comunidade. José Almir, morador da Vila Bacanga, revelou que já sofreu ameaças após chamar a atenção sobre a situação. “Moro aqui há 37 anos e venho arranjando inimigos por causa desse lixo. A gente vai falar e vem gente até armado para fazer ameaças. A gente deixa até de reclamar”, contou.

José Almir reside em frente a um ponto de descarte, onde também funciona uma oficina. O empresário percebe diariamente os prejuízos acusados pelo lixo, presente no local há mais de seis anos. Além do odor, a proliferação de vetores preocupa a população.

“Isso aqui já está há uns seis ou sete anos. A Prefeitura vem, traz caçamba, junta. Mas se eles vêm de manhã, à tarde já está do mesmo jeito. Trazem rato, mau cheiro, porque todo tipo de lixo eles botam aí”, ressaltou.

O morador contou ainda que existem carros que coletam lixo em áreas do bairro onde os serviços não são atendidos pela rede municipal. Eles cobram uma faixa de R$ 2,00 para recolher o resíduo e descartar nos pontos espalhados pela avenida.

Durante o tempo em que esteve no local, O Estado observou duas pessoas jogando lixo em locais inadequados. No primeiro, ainda na Vila Bacanga, um funcionário de uma empresa de TV a cabo descartou sacos com caixas de papelão. Ele não quis se pronunciar.

Na Vila Dom Luís, outro flagrante. Uma moradora descartava resíduos domésticos em um ponto da avenida. Questionada, a doméstica Maria Bárbara Santos afirmou saber que está errada e assume que mantém a conduta diariamente, seguindo demais moradores da região, por não ter serviço de coleta de resíduos na rua em que mora. “Eu moro lá no fim da rua e não tem onde a gente bote. Eles botam aí e eu vim botar também. Aqui na Rua da Mangueira, não passa ninguém recolhendo lixo. Um tempo atrás, eles passavam pegando, depois pararam. Aí, a gente tem de botar para cá”, informou a moradora.

Riscos de contaminação, proliferação de doenças e inundações em período de chuva são iminentes em áreas onde há descarte irregular de resíduos. Alguns moradores reivindicam que a Prefeitura realize fiscalização regular para inibir essas ações. Além disso, segundo os moradores, não há Ecoponto na área, propiciando o descarte em pontos da avenida.

Em nota, o Comitê Gestor de Limpeza Urbana informou que enviará equipes ao local para verificar possíveis problemas na coleta e que estes são regularizados assim que identificados. O órgão também pediu o apoio da população para que faça o descarte do lixo domiciliar de forma adequada, acondicionando-o em sacos plásticos e colocando em sua porta nos dias e horários da coleta. A coleta domiciliar em todos os bairros da área Itaqui-Bacanga é feita no período diurno. Na Vila Dom Luís, ela ocorre às segundas, quartas e sextas.

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