Eleições 2018

Em primeiro ato no Nordeste, Alckmin diz estar preparado para eleição com ou sem Lula

Pré-candidato do PSDB diz que quer ser entendido como "o governador do Nordeste"

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Geraldo Alckmin fez campanha no Maranhão.
Geraldo Alckmin fez campanha no Maranhão. (Geraldo Alckmin)

SÃO LUÍS - Em seu primeiro ato de pré-campanha no Nordeste, o ex-governador de São Paulo, Geral Alckmin, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, disse que está preparado para a disputa com ou sem a presença do ex-presidente Lula (PT) – atualmente preso em Curitiba, condenado no caso do Tríplex do Guarujá.

O tucano desembarcou em São Luís às 17h, concedeu entrevista coletiva ainda no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado, participou de um debate com estudantes da Universidade Ceuma - onde conheceu as instalações da Faculdade de Medicina – e, em seguida, foi recepcionado pela classe empresarial num evento promovido pela Federação das Indústrias (Fiema), Federação do Comércio (Fecomércio), Associação Comercial do Maranhão (ACM) e Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL).

“O concorrente é um adversário que você não escolhe. Quem for o candidato do PT, nós vamos disputar”, declarou.

Alckmin não crava uma candidatura de Lula neste ano, mas se diz preparado para enfrentar o petista num “outro momento” – eles já disputaram a Presidência em 2006, com vitória do ex-presidente no 2º turno. Para o ex-governador de São Paulo, há mais chances de vitória do PSDB agora.

“Eu já disputei com o Lula, em, 2006. Só que o Lula era o presidente, então é diferente do que é hoje. O PT estava com tudo, era um outro momento. Eu nem sei se o Lula vai ser candidato. Mas mesmo que seja é um outro momento. Então, nós estamos animados. A tendência da eleição é eu crescer. A eleição não é em maio, é em outubro. É preciso crescer na hora certa”

Desenvolvimento – Ainda na coletiva após o desembarque na capital maranhense, Geraldo Alckmin pontuou que deve levar à campanha eleitoral uma plataforma voltada para a retomada do crescimento do país, baseada no equilíbrio das contas públicas. E citou Mário Covas.

“Mário Covas dizia que seriedade com as contas públicas não é uma questão economicista, é social. Se você quebrar o governo, não vai ter emprego, não vai ter dinheiro para a saúde, vai deteriorar a segurança. Você tem dois problemas: um problema mais estrutural, o Brasil precisa vencer uma agenda de competitividade, abertura comercial, metas para se inserir na economia mundial, e a outro uma questão emergencial, que foi o colapso das finanças públicas, com auge em 2015”, ressaltou.

Numa discurso aparentemente já preparado para o eleitorado nordestino, o tucano acrescentou que pretende apresentar propostas focadas na diminuição da “desigualdade regional”.

“Se o Brasil não cresce, ninguém vai bem. Não há solução sem crescimento. Não há solução sem crescimento, E, de outro lado, diminuir desigualdade regional”, completou.

Tucano confirma chapa majoritária

Acompanhado das principais lideranças do PSDB no Maranhão, Geraldo Alckmin confirmou que a chapa majoritária do partido para a eleição estadual já está montada.

Segundo ele, os tucanos maranhenses vão mesmo com o senador Roberto Rocha como candidato a governador e, para o Senado, com o deputado federal José Reinaldo Tavares e o deputado estadual Alexandre Almeida.

“Nós vamos apoiar Roberto Rocha como nosso candidato a governador e os nossos senadores José Reinaldo e Alexandre [Almeida]”, ratificou.

A declaração encerra um princípio de polêmica envolvendo o nome do deputado federal Waldir Maranhão (PSDB), que ainda se articulava nos bastidores tentando uma possível candidatura a senador.

Alckmin também comentou a recente declaração de José Reinaldo, que, ao entrar no partido, declarou que seguiria trabalhando pelo projeto de candidatura do deputado Eduardo Braide (PMN) ao governo, mesmo diante da pré-candidatura de Rocha.

“O quadro é pluripartidário. Não vou entrar no mérito estadual, mas não existe voto fechado, o eleitor é quem vai fazer as combinações”, completou. E evitou falar do rompimento com o PCdoB no Maranhão.

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