Estados Unidos dizem que negociações com Coreia do Norte ''ainda estão longe''
Pyongyang manifestou disposição para dialogar e abrir mão de arsenal nuclear se garantir segurança; o presidente Trump celebrou os sinais de abertura da Coreia do Norte para um possível diálogo com os EUA, mas pediu prudência
WASHINGTON - O secretário de Estado americano Rex Tillerson afirmou ontem, 8, em Adis Abeba, que Estados Unidos e Coreia do Norte ainda estão longe de negociações diretas pelo programa nuclear de Pyongyang. O presidente Donald Trump celebrou os sinais de abertura da Coreia do Norte a respeito da possibilidade de um diálogo com os Estados Unidos, mas pediu prudência e reafirmou que todas as opções estão sobre a mesa.
O regime norte-coreano indicou que aceitaria abrir mão de seus planos de desenvolvimento nuclear na Península Coreana caso obtenha garantias concretas de segurança contra ameaças externas. A Coreia do Norte e os Estados Unidos, sem relação diplomática há quase dez anos, trocaram fortes provocações de ataque em 2017, marcado pelo aumento da tensão na Península Coreana.
"No que diz respeito a discussões diretas com Estados Unidos (e Coreia do Norte), ainda estamos longe de negociações, devemos ser muito lúcidos e realistas sobre este ponto — disse Tillerson na capital da Etiópia, primeira etapa de uma viagem pela África. — Como o presidente Trump indicou, há sinais potencialmente positivos procedentes da Coreia do Norte por seu diálogo com a Coreia do Sul", completou.
Reuniões
Dois enviados da Coreia do Sul viajaram aos Estados Unidos nesta quinta-feira para se encontrar com o assessor de segurança nacional dos EUA, H. R. McMaster, e outras autoridades norte-americanas, para debater a reunião que tiveram nesta semana com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disseram funcionários de Seul e Washington.
Os enviados sul-coreanos devem informar as autoridades norte-americanas a respeito da postura norte-coreana quanto a possíveis conversas futuras com Washington e sua aparente disposição para suspender seus testes nucleares se a segurança de seu governo estiver garantida.
Encontro
O diretor da Agência de Segurança Nacional sul-coreana, Chung Eui-yong, e o diretor do Serviço Nacional de Inteligência, Suh Hoon, também conversarão com outros chefes de departamento e mais tarde podem se encontrar ou com o presidente norte-americano, Donald Trump, ou com seu vice, Mike Pence, informou uma autoridade do governo de Seul sob condição de anonimato.
Tillerson, chefe da diplomacia americana, reduziu a importância das declarações do presidente Trump após o sinal de distensão norte-coreano. Uma primeira etapa seria ter "discussões sobre discussões" para ver se "as condições estão corretas antes de começar a pensar em negociações", destacou Tillerson.
Os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul concordaram com uma reunião de cúpula em abril na Zona Desmilitarizada (DMZ), de acordo com Seul. O governo sul-coreano indicou que Pyongyang estaria disposto a interromper os testes nucleares e de mísseis e iniciar conversações.
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