Visita

Trump recebe líder palestino Mahmud Abbas na Casa Branca

Visita é parte de esforço para alcançar a paz entre Israel e Palestina, afirma governo americano; Trump promete instalar embaixada em Jerusalém

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu ontem na Casa Branca o líder palestino, Mahmud Abbas, como parte de um esforço para acabar com o prolongado conflito israelense-palestino.

Após a visita, Trump disse estar convencido de que será possível alcançar a paz entre israelenses e palestinos. "Desejamos construir a paz entre Israel e os palestinos, e a alcançaremos", disse Trump. "Vamos conseguir", acrescentou.

Por sua vez, Abbas afirmou que "chegou a hora de Israel colocar fim à ocupação" dos territórios palestinos e expressou sua esperança de alcançar um histórico acordo de paz.

Em fevereiro, Trump havia recebido na Casa Branca o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. "O objetivo final do presidente é estabelecer a paz na região do Oriente Médio", afirmou o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer.

Esforço de longo alcance

Este esforço de longo alcance que escapou das mãos dos presidentes americanos desde a década de 1970 teve um começo difícil no governo Trump.

Trump abandonou o apoio americano de um Estado palestino e prometeu instalar uma embaixada americana em Jerusalém, rompendo com dois princípios da política americana durante décadas.

O vice-presidente Mike Pence disse na terça,2, que Trump continua "considerando seriamente transferir a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém".

Esta medida provavelmente desatará a fúria dos palestinos e é vista por muitos nas esferas de segurança dos Estados Unidos e Israel como algo desnecessariamente inflamatório.

Ao mesmo tempo, Trump pediu a Israel que detenha a construção de colônias na Cisjordânia, uma preocupação de longa data dos palestinos e de parte da comunidade internacional.

Pence declarou que Trump está "pessoalmente comprometido em resolver o conflito entre israelenses e palestinos" e se está conseguindo um "avanço valioso".

Impopularidade de Abbas

Abbas, por sua vez, vive um momento de grande impopularidade em casa, com as pesquisas mostrando que uma maioria de palestinos quer que o o dirigente de 82 anos renuncie.

O mandato de Abbas deveria expirar em 2009, mas ele se manteve no poder sem realizar eleições.

Ele torce para que Trump consiga pressionar Israel a fazer concessões necessárias para salvar a solução dos dois Estados e sua própria situação.

A reunião de ontem é um sinal de que "o enfoque de Trump ante o conflito palestino-israelense é mais convencional do que ninguém esperava", afirma Ilan Goldenberg, do Center for New American Security.

"A grande pergunta agora é o que Trump tentará conseguir nesta primeira reunião", afirma. "Se tentar relançar as negociações, é provável que fracasse", acrescentou o analista.

Abbas e Trump falaram por telefone em 11 de março e há sinais de que o presidente americano poderá visitar o Oriente Médio ainda este mês.

Por outro lado, três influentes senadores republicanos - Marco Rubio, Tom Cotton e Lindsey Graham - pediram a Trump que solicite a Abbas que suspenda o financiamento de prisioneiros palestinos e suas famílias.

Isso pode ser uma grande dor de cabeça para Abbas em casa, devido a sua impopularidade e aos desafios que enfrentam ante as facções palestinas rivais.

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