Editorial

Emprego x desemprego

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

A divulgação de 77.822 vagas de trabalho formal no país, um aumento de 0,21% em relação ao estoque de dezembro de 2017, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, é um alento e uma esperança de dias melhores para a grande massa de trabalhadores que estão desempregados no país.

Ainda mais quando cinco de oito setores tiveram saldos positivos no país: indústria de transformação, serviços, agropecuária, construção civil e serviços industriais de utilidade pública (+1.058 postos). No caso do Maranhão, ocorreu o inverso: cinco dos oito setores acompanhados pelo Caged no Estado apresentaram resultado negativo em janeiro.

Desses cinco segmentos, deve-se lembrar que a agropecuária salvou literalmente a lavoura da economia brasileira em 2017, com crescimento de 13% do PIB, e logicamente contribuiu positivamente para a geração de emprego.

Os números positivos podem neste início de ano representar uma retomada maior no nível de emprego no país, cujo índice de desemprego atingiu 12,2% no trimestre encerrado em janeiro. Isso significa que 12,7 milhões de pessoas ainda estão desempregadas no Brasil., de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua.

Até porque a taxa foi maior do que a registrada no trimestre encerrado em dezembro, quando o índice ficou em 11,8%, mas estável em relação ao trimestre anterior, quando a taxa também foi de 12,2%.

Janeiro é um mês em que muitos trabalhadores temporários são dispensados e tradicionalmente há um aumento do desemprego, sobretudo nas atividades da indústria e do comércio, que são os que mais contratam no período natalino por contratos temporários. Mas segundo o IBGE, houve estabilidade em janeiro, ou seja, pode ter havido dispensa e ao mesmo tempo novas contratações.

Um dado a ser considerado, na visão do IBGE, é que a população ocupada aumentou em mais de 1,8 milhão de pessoas em relação a janeiro do ano passado, mas puxada pelo crescimento do trabalho informal. Isto quer dizer que as políticas do governo federal ainda não foram eficientes para gerar postos com carteira de trabalho assinada.

O contingente de pessoas ocupadas em empregos formais é estimado em 33,3 milhões em janeiro - uma queda de 1,7% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. No trimestre encerrado em dezembro, essa retração foi de 2,5% na comparação anual.

Outro ponto positivo é que a indústria, considerada como o segmento com maior formalização no país, registrou aumento de 5% na ocupação comparado com janeiro do ano passado. Em contrapartida, construção e reparação de veículos tiveram queda de 4% e a agricultura e pecuária queda de 3,9%.

E ainda mais, o rendimento médio real habitual do trabalhador ficou em R$ 2.169 em janeiro. Segundo o IBGE, este valor ficou estável na comparação com janeiro do ano passado, quando atingiu R$ 2.135. Já a massa de rendimento real habitual teve alta de 4,4% neste período, chegando a R$ 193,8 bilhões.

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