O décimo terceiro salário sempre foi recebido com expectativa por trabalhadores e o setor de comércio. Afinal, se trata de um dinheiro extra, que pode ser utilizado, dependendo da necessidade, para pagar dívidas, para consumir ou mesmo para guardar visando utilizar no futuro.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) recentemente trouxe uma notícia muito esperada: o décimo terceiro injetará R$ 200 bilhões na economia brasileira, um recurso que circulará no momento certo e necessário para que o otimismo volte a contagiar o país.

O contingente de beneficiados pelo décimo terceiro chega a 83,3 milhões de trabalhadores - do mercado formal de trabalho (incluindo empregados domésticos), além dos aposentados e os pensionistas. Ou seja, mais de 41% da população brasileira tem direito ao benefício.

No Maranhão, segundo o Dieese, o pagamento do décimo terceiro salário, também conhecido como gratificação natalina, corresponderá ao montante de R$ 2,8 bilhões, em benefício de 1.799.519 trabalhadores. Além disso, há ainda recursos do PIS/Pasep liberados para idosos e ainda o do calendário normal desses dois programas, alcançado milhares de trabalhadores.

Recurso extra, juros mais baixos, mais crédito, e a volta do emprego, sinalizam para o comércio que esse Natal vai ser boas vendas, talvez ainda distante do que se espera, mas, com certeza, bem melhor que os resultados dos últimos três anos, período que o Brasil amargou uma forte recessão, mas que aos poucos e na carga de sacrifício do brasileiro vem se recuperando.

Claro que o momento ainda pede cautela, mas é visível aos olhos do lojista do comércio, da indústria, do setor de serviços, que o cenário está mais claro, enxergando-se, sim, uma luz no fim do túnel, irradiando que dias melhores virão.

Não à toa que muitas redes se anteciparam e elevaram seus estoques, contrataram mais gente, apostando que este Natal será diferente. A própria indústria aumentou sua produção, pois tem recebido mais pedidos, este ano. Tem loja que está com panetone nas prateleiras, um dos símbolos do período natalino, desde o início de setembro, além de inúmeras opções de enfeites natalinos.

Pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil só vem confirmar essa melhora na confiança do consumidor, ao indicar que 73% dos brasileiros devem ir às compras neste Natal. Apenas 8% disseram que não vão presentear, enquanto 18% ainda não se decidiram.

Os números da pesquisa mostram, ainda, que os consumidores pretendem comprar entre quatro e cinco presentes e o valor médio com cada item será de R$ 103,83.

Mas, é preciso que o consumidor tenha cautela. Veja de que forma irá utilizar o décimo terceiro, sempre priorizando o pagamento de dívidas, para depois pensar em consumir. E caso seja possível, separar senão o valor por inteiro, mas uma parte para a poupança.

E no ato do consumo, vale a velha dica para o trabalhador de efetuar pesquisa de comparação de preço dos bens ou serviços, ou seja, pechinchar mesmo, para que gaste o décimo terceiro de forma responsável, dentro de sua necessidade mais urgente.

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