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Será que preciso de coaching?

Atualizada em 11/10/2022 às 12h35

Atualmente coaching está na moda. Muitos gostam de comunicar que tem um coach e outros querem esconder. Há ainda os que possuem um mentor. O fato é que tudo que vira “moda” muitas vezes confundem o entendimento e a prática.Pensando nisso, alguns pontos-chave podem melhorar o entendimento. Primeiro, coaching não é terapia, pois ela trabalha questões e traumas passados. Já o coaching atua para construir um novo futuro, baseado nas ferramentas que se possui hoje. É fato que muitas vezes alguns processos de coaching precisam de uma terapia prévia ou concomitante, mas deveriam ser exceções.

Em segundo lugar, coaching não é mentoring. Isso porque o mentoring é uma forma de aconselhamento onde uma pessoa experiente transmite a outra com menos vivência os seus conhecimentos específicos. Enquanto o coaching, segundo a International Coaching Federation é uma parceria com clientes num processo criativo e provocativo que os inspira a maximizar seus potenciais profissionais e pessoais. Um bom coach não necessariamente entende profundamente da área em questão. Haja vista bons treinadores que muitas vezes nunca jogaram o esporte ou se jogaram, não foram brilhantes. Contudo, é inegável que vivência na área ajuda. E existem sim, processos de mentor‐coaching, mas estes devem ser utilizados com muito cuidado e por pessoas experientes. Mas, e quando consigo identificar que preciso de um coaching? Bem, existem fases da vida pessoal e profissional onde um apoio externo ajuda muito a obter melhores resultados.

São aquelas questões que não se tratam de traumas ou bloqueios que uma terapia requer, mas aquelas onde estamos vislumbrando ações no futuro ou no presente. Por exemplo, na vida pessoal existem temas como equilíbrio de vida e carreira, transição que sozinhos podemos entrar num desgaste emocional imenso, mas com um bom Coach podemos ter reflexões adequadas e positivas, criando o que chamamos de um circulo virtuoso. Na vida profissional o campo é ainda mais vasto. Existem fases que são “de ouro” e merecem o suporte de um bom coach, como: quando passamos de executores das atividades para o primeiro posto de liderança ou quando passamos a ser líderes de líderes. O coaching auxilia ainda no desenvolvimento de competências específicas. Existe inclusive formatos de coaching em grupo, que podem ser utilizados quando temos pessoas com objetivos comuns a desenvolver. E como encontrar um bom coach? Saber o que se quer com esse processo é um passo muito importante. Quando se tem o objetivo claro, aí vem a busca do parceiro que tenha experiência e boas indicações.

Uma das tendências, segundo pesquisa realizada pelo HCI (Human Capital Institute) e a ICF em 2016, é a implementação de uma cultura de coaching e mentoring onde os líderes passam a possuir uma formação e prática mínima no seu dia a dia que comprovadamente alavancam o desempenho das suas equipes. A pesquisa aponta que 80% dos entrevistados esperam que nos próximos anos gerentes/líderes expandam o uso de competências de coaching e 60% reportaram que colaboradores de nível inicial também recebam coaching. É o conhecimento sendo passado por quem o detém, no caso do mentoring, e orientação/ações de desenvolvimento adequados sendo fornecidas aos liderados de uma forma provocativa (no caso do coaching). Em cenário de crise ou em realidades promissoras, qual empresa, líder ou liderado não gostaria de vivenciar este modelo?

Fabrícia Faé

Responsável pela área de Desenvolvimento de Talentos da LHH-Norte/Nordeste

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