NOVA YORK - O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou ontem ante a Assembleia Geral da ONU que seu país reagirá com determinação a qualquer violação do acordo nuclear assinado com vários países em 2015.
O dirigente destacou que o acordo pertence à comunidade internacional e não a um ou dois países e que os Estados Unidos decidirem violá-la, acabará "destruindo sua credibilidade".
Mais cedo, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, disse que o presidente americano, Donald Trump, não está satisfeito com o acordo firmado com o Irã.
No seu discurso, na 72ª assembleia geral das ONU, Trump chamou o acordo nuclear concluído em 2015 com as grandes potências de uma "vergonha" e afirmou que o Irã é dirigido por uma "ditadura corrupta". "O acordo com o Irã é uma das piores transações (...) Francamente, este acordo é uma vergonha para os Estados Unidos".
"É hora de o mundo inteiro se unir a nós para exigir que o governo iraniano pare de semear a morte e a destruição", declarou na tribuna da ONU, criticando as "atividades desestabilizadoras" de Teerã, segundo a France Presse.
Haley afirmou, no entanto, que a fala de Trump não é um sinal de que os EUA deixarão o tratado. "Não é um sinal claro de que ele planeja se retirar. É um sinal claro de que ele não está feliz com o acordo", disse Haley, em entrevista à CBS News, segundo a Reuters.
Decisão
Mais cedo Trump, afirmou que já tomou uma decisão sobre a participação de seu país no acordo nuclear, mas não quis revelar qual é.
"Já decidi", disse Trump aos jornalistas ao ser perguntado sobre sua posição em relação ao pacto nuclear antes de se reunir com o presidente da Autoridade Nacional a Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em um hotel em Nova York, onde ambos participam da Assembleia Geral da ONU.
Após os jornalistas insistirem eu querer saber se os EUA continuarão ou não no acordo nuclear, Trump apenas disse: "Eu avisarei a vocês qual é a decisão".
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