EUA e China

EUA e China combinam resposta forte e unida para a Coreia do Norte

Governo norte-coreano anunciou que pretende colocar satélite no espaço; líderes discutiram resolução do Conselho de Segurança da ONU

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51

Washington - O presidente americano, Barack Obama, e seu contraparte chinês, Xi Jinping, combinaram responder às "provocações" da Coreia do Norte com uma contundente resolução do Conselho de Segurança da ONU, informou a Casa Branca.

"Os líderes enfatizaram a importância de uma resposta internacional forte e unida às provocações da Coreia do Norte, inclusive uma resolução contundente do Conselho de Segurança", declarou a Casa Branca.

Pyongyang fez um teste nuclear em 6 de janeiro e, na semana passada, anunciou um lançamento em breve de um foguete para colocar um satélite no espaço. Para o Ocidente, tais atividades encobrem testes com mísseis balísticos. Essa situação violaria as resoluções do Conselho de Segurança.

Influência

O governo Obama pressionou a China para que use sua influência com o país vizinho, altamente dependente da ajuda de Pequim. Washington quer uma resolução da ONU que implique sanções punitivas à Coreia do Norte. No passado, a China protegeu Pyongyang de sofrer sanções mais duras.

Apesar do mal-estar com as ambições nucleares de seu vizinho, a prioridade de Pequim é impedir qualquer ação que possa levar ao colapso do regime comunista da Coreia do Norte e ao caos na fronteira chinesa.

Essa declaração parece confirmar um consenso entre Obama e Xi sobre a necessidade de agir, mas não está claro se será possível chegar a um acordo para ações específicas.

Reação

A Coreia do Sul reagiu afirmando que o lançamento do satélite será considerado um teste de míssil balístico, uma provocação "grave" que viola as resoluções da ONU. "Qualquer lançamento de foguete por parte da Coreia do Norte é um ato grave de provocação", declarou o porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa, Kim Min-seok.

"Trata-se de uma ameaça militar e de uma clara violação das resoluções da ONU, que proíbem qualquer atividade que utilize a tecnologia dos mísseis balísticos", disse Kim à imprensa.

Numerosos observadores estimam que a Coreia do Norte poderá tentar o lançamento no dia 10 de outubro, mas Kim assinalou que não há qualquer "atividade particular" no momento para um disparo iminente.

Pyongyang insiste em que esses lançamentos de foguetes estão destinados a pôr em órbita satélites de uso civil, enquanto os Estados Unidos, Seul e seus aliados dizem ser testes disfarçados de mísseis balísticos.

Um lançamento desse tipo pode deflagrar novas sanções internacionais e pôr em risco uma reunião prevista para acontecer com o vizinho do Sul entre famílias separadas pela guerra da Coreia (1950-1953).

Mais

O Conselho de Segurança da ONU proíbe a Coreia do Norte de realizar qualquer tipo de lançamento, envolvendo tecnologia de mísseis balísticos, mas Pyongyang já fez testes de mísseis de curto alcance sem sofrer sanções.

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